A cidade de Cerejeiras, em Rondônia, segue abalada pela tragédia envolvendo Hellen Cortes, de 32 anos, e João Luiz de Araújo Neto, de 44 anos, conhecido como “Dedé Laçador”. Na madrugada desta terça-feira (10), Dedé assassinou Hellen, com quem havia se separado recentemente, e em seguida tirou a própria vida.
Apesar da separação, o casal ainda compartilhava a mesma residência, onde o crime ocorreu. Dedé, que trabalhava em uma chácara arrendada e participava de provas de laço comprido, foi descrito por amigos como um homem calmo e tranquilo, mas que estaria enfrentando uma profunda crise depressiva após o término do relacionamento.
Na noite da tragédia, ele enviou uma mensagem a um cunhado, pedindo que buscasse o filho do casal, de apenas seis anos, pois ele e Hellen iriam “partir dessa”. A mensagem só foi vista cerca de duas horas depois, e o irmão de Hellen, ao chegar ao local, encontrou os corpos e acionou a Polícia Militar.
Amigos próximos relataram que Dedé, que antes não tinha o hábito de consumir bebidas alcoólicas, passou a fazê-lo com frequência após a separação. A combinação de álcool e remédios para depressão pode ter contribuído para o desfecho trágico.
Dedé também era pai de um adolescente de um relacionamento anterior e era muito conhecido na região. Seu pai, um servidor público federal aposentado que atuou como delegado nomeado em cidades da região, atualmente vive na zona rural próximo ao rio Cabixi.
A tragédia trouxe à tona discussões sobre saúde mental, relacionamentos abusivos e a necessidade de apoio psicológico em momentos de crise. Amigos de Dedé relataram que, apesar de sua postura calma, ele demonstrava sinais de sofrimento emocional que não foram devidamente percebidos ou tratados.
Hellen, por sua vez, era bacharel em Direito e trabalhava em um escritório na cidade. Sua morte precoce gerou comoção em Cerejeiras e entre familiares e amigos.
As autoridades continuam investigando o caso, e a comunidade lamenta profundamente a perda do casal, enquanto busca respostas para entender o que poderia ter sido feito para evitar tamanha tragédia.
Com informações Folha do Sul Online*