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CASO JÉSSICA – Justiça nega substituição de jurados pedida por acusado de matar adolescente em “teste de fidelidade”

A Justiça de Rondônia negou nesta quarta-feira (25) o pedido feito pela defesa de Diego de Sá Parente, para que os jurados sorteados para o júri fossem substituídos. Diego é acusado de matar a adolescente Jéssica Moreira (FOTO) em 2017 em um suposto “teste de fidelidade”. O primo do réu, Ismael José da Silva, que era namorado da vítima, chegou a ser absolvido em primeira instância, mas a decisão foi reformada e ele também irá a júri.

A decisão foi da segunda vara criminal de Cerejeiras. O juiz Fabrizio Amorim de Menezes indeferiu o pedido de arguição de suspeição dos jurados (quando se pede o afastamento dos jurados por suspeita de parcialidade no caso) feito pelo advogado de defesa de Diego, Fernando Milani.

No pedido, o advogado afirmou que os jurados que farão parte do conselho de sentença são funcionários públicos, assim como o pai da vítima, o que pode gerar dúvidas quanto a imparcialidade no julgamento.

Ao negar o pedido, o juiz destacou que arguições de suspeições não podem ser feitas de forma genérica. Elas devem ser apontadas individualmente e com as devidas justificativas do porquê tal pessoa não pode fazer parte do júri. Além disso, o juiz afirmou que o sorteio dos jurados que atuarão na sessão foi aberto ao público, sem que houvesse nenhum pedido de impugnação durante o procedimento.

Por telefone, o advogado de Diego informou à Rede Amazônica que vai analisar a decisão do juiz para depois definir qual procedimento tomar.

O julgamento de Diego de Sá Parente e de Ismael José da Silva está marcado para acontecer no dia 22 agosto deste ano.

Ismael chegou a ser absolvido, mas decisão foi reformada. Jéssica foi morta em abril de 2017 (Foto: Facebook/Reprodução)

O CASO
Ismael José da Silva, o ex-namorado da vítima, e Diego de Sá Parente, primo de Ismael, são acusados de matarem a jovem Jéssica Moreira com 13 facadas em abril de 2017, em um suposto “teste de fidelidade”.

Na época, Diego teria dito que Ismael matou a namorada por desconfiar de uma traição, e afirmou que foi ameaçado para ajudar a esconder o corpo. A defesa de Ismael nega e culpa Diego pela morte da vítima.

Ismael chegou a ser absolvido em primeiro instância, mas o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com recurso e o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) reformou a decisão da 2ª Vara Criminal de Cerejeiras, determinando que o Ismael fosse levado a júri, juntamento com Diego.

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