Publicidade

Jovem que matou ex-esposa é condenado a mais de 26 anos de prisão

Na última sessão de julgamento da Terceira Reunião do Tribunal do Júri de 2019, os jurados analisaram um dos casos de maior repercussão dos últimos anos no estado: o assassinato da jovem Anna Karolyne dos Santos, de apenas 19 anos. Anna foi morta pelo ex-marido com quem tinha uma filha de apenas 1 ano e ... Leia mais

Por

Folha do Sul

Na última sessão de julgamento da Terceira Reunião do Tribunal do Júri de 2019, os jurados analisaram um dos casos de maior repercussão dos últimos anos no estado: o assassinato da jovem Anna Karolyne dos Santos, de apenas 19 anos. Anna foi morta pelo ex-marido com quem tinha uma filha de apenas 1 ano e 10 meses.

Publicidade

Anna foi morta dentro do seu apartamento no Centro de Chupinguaia, onde ela morava desde a separação. Segundo os laudos periciais, a causa da morte foi asfixia por estrangulamento e cortes na região do pescoço que causaram o rompimento da jugular.  Além de apresentar cortes em outras partes do corpo.

As investigações apontaram que Luan Wudarski do Nascimento, de 23 anos, ex-marido de Anna, foi quem a matou. Ele se apresentou dias depois à polícia, confessou o crime alegando legítima defesa, e foi liberado.

Dias depois, a justiça expediu mandado de prisão. Mas, ele já não foi mais encontrado em Chupinguaia. Pouco mais de dois meses depois do crime, Luan se entregou a polícia na cidade de Alto Garças, no Mato Grosso.

Luan foi denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel e feminicídio, já que o crime foi praticado em situação de violência doméstica. A denúncia trouxe ainda uma causa de aumento de pena de pelo crime ter sido cometido na presença de descendente, no caso, a filha de 1 anos e 10 meses.

O Promotor de Justiça, João Paulo Lopes, pediu a condenação do réu nos exatos termos da denúncia. “Ele agiu de forma covarde e cruel e não em contexto de legítima defesa, como quer fazer crer”, disse Lopes após ler um trecho do laudo da perícia que explica a causa da morte.

O advogado de Luan, Marco Aurélio Rodrigues Mancuso, trouxe como tese de defesa, o pedido de exclusão das qualificadoras. Ele argumentou que Luan estava embriagado, e por tanto não tinha plena consciência do que fazia. Sobre a causa de aumento de pena, Mancuso disse que a criança estava dormindo e que, portanto, não tinha consciência do que acontecia naquele momento. “Como aceitar que uma pessoa que está inconsciente, dormindo, tenha consciência do que estava acontecendo?”, questionou.

Ele falou ainda sobre o fato de Luan ter se apresentado. “Ele se apresentou porque tinha a consciência pesada, porque sentia falta da mulher que amava e matou em um momento de inconsciência”, disse.

Ao final da fala da defesa, sem réplica por parte do MP, os jurados foram para a sala secreta para votarem uma série de sete quesitos. A decisão foi a condenação do réu por homicídio triplamente qualificado e com o reconhecimento da causa de aumento de pena.

Após a leitura da decisão dos jurados, a Juíza Liliane Pegoraro Bilharva, dosou a pena do réu, que está preso em Rondonópolis-MT e não veio ao julgamento, em 26 anos e 8 meses de prisão, e negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.

O advogado disse após o julgamento que irá recorrer.

Publicidade
Publicidade

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.