A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava o prefeito de Rolim de Moura, Aldair Júlio Pereira (União), e confirmou que ele utilizou um diploma falso para se candidatar às eleições municipais de 2024. O caso foi encaminhado para a Justiça Eleitoral, que agora deve decidir sobre as consequências legais para o gestor.
As investigações apontam que o documento fraudulento foi emitido em nome do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) Aída Fibiger de Oliveira, em Cacoal, mas a instituição negou ter registros da certificação. A diretora da unidade educacional à época também declarou que sua assinatura verdadeira não condiz com a presente no diploma apresentado por Aldair.
A denúncia foi feita pelo Partido Liberal (PL) ainda durante o período eleitoral, levantando suspeitas sobre a autenticidade do diploma. Além disso, uma inconsistência chamou a atenção dos investigadores: em 2021, quando concorreu ao cargo de prefeito, Aldair declarou ter apenas o ensino fundamental completo.
Ligação com rede de falsificação
O inquérito revelou que o diploma pode ter sido produzido por uma organização criminosa especializada em falsificação de certificados escolares, já investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Rondônia. Dois suspeitos foram identificados como líderes do esquema, sendo que um deles já trabalhou na secretaria do CEEJA e teria utilizado o acesso à instituição para copiar assinaturas e modelos de diplomas autênticos.
Durante as investigações, foram apreendidos materiais que reforçam a fraude, incluindo um pen drive contendo diversos modelos de diplomas falsificados, similares ao apresentado pelo prefeito de Rolim de Moura. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Baccarini, afirmou que algumas pessoas chegaram a assumir cargos públicos utilizando esses documentos.
A defesa do prefeito não se manifestou até o momento. O desdobramento do caso pode impactar diretamente a gestão municipal e trazer consequências políticas para Aldair Júlio.