A quem interessa a queda? Assessores do Governo analisam crise e confirmam possibilidade de fogo amigo: “Politicagem pura e busca pelo poder”

Na berlinda estão o secretário de saúde, Jeferson Rocha; o titular da Secretaria de Agricultura, Luiz Paulo; da Secretaria de Segurança Pública, Coronel Vital; o Diretor do DER, Coronel Eder, e o próprio Secretário-chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves.

Assessores ligados ao primeiro escalão do Governo do Estado de Rondônia confirmaram à reportagem do JH Notícias, que o clima no Centro Político Administrativo (CPA) não está nada bom para secretários da confiança do Governador Marcos Rocha. Isso porque muitos estão sob ataque e alguns na alça de mira correndo o risco de serem exonerados. As digitais dos autores dos botes registrados nos últimos dias, de acordo com um assessor ouvido pela reportagem ainda não são totalmente claras, mas a interpretação geral é de que um pequeno grupo do alto escalão tem criado ruídos e narrativas entre o Governador e seus comandados a fim de gerar uma crise a ponto das fissuras se tornarem irreparáveis.

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Na berlinda estão o secretário de saúde, Jeferson Rocha; o titular da Secretaria de Agricultura, Luiz Paulo; da Secretaria de Segurança Pública, Coronel Vital; o Diretor do DER, Coronel Eder, e o próprio Secretário-chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves.

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A estratégia do ataque tem dado certo, uma vez que nos últimos dias o grupo autor da confusão conseguiu tirar de cena o então Procurador Geral do Estado, Maxwell Mota, um dos responsáveis pela consolidação do projeto BTS que vai resultar na construção do novo Heuro na capital. Após a saída de Maxwell, o comentário nos bastidores são de que Junior Gonçalves é o próximo a ser desligado da Casa Civil. Ciente da situação, o secretário analisa seu desligamento do cargo tendo em vista o alvo instalado nos últimos dias em suas costas.

“Há no governo pessoas que ocupam altos cargos e que são de outras gestões. A gente sempre teve que lidar com esse tipo de conflito, mas dessa vez a situação é um pouco diferente. Nomes de secretário estão circulando, incluive estratégias para ‘queimá-los’ junto ao Governador. A interpretação que temos é de que este grupo que vem de outros mandatos está tendando desestruturar a gestão e prejudicar o governador”, comentou um dos assessores que está em posição privilegiada no governo.

Um segundo assessor ouvido pela reportagem concorda com o posicionamento do colega e amplia o foco de sua análise: “Eles (o grupo que prevaleceu de outras gestões) estão tranquilos porque acham que o Governador acredita que há uma oposição do lado de fora atacando sua gestão. O que eu vejo é que se trata de fogo amigo, porém de aliados de outros governos que estão tentando conquistar poder a fim de permanecerem em seus cargos. Situação parecida aconteceu na gestão passada e muitos deles conseguiram ficar no governo até hoje”, pontuou.

Outro assessor de primeiro escalão que topou conversar com a reportagem confirma a tese de fogo amigo com foco na politicagem. “isso é politicagem pura e busca pelo poder. A quem interessa derrubar secretário como o Junior Gonçalves? E derrubar o coronel Jeferson (da Sesau), o coronel Vital (segurança)? São todos pilares importantes dessa gestão, homens de confiança do Governador. O que eu vejo é que tem pessoas interessadas em desestabilizar o governo pra vender alternativas que os manterão nos cargos e quem sabe garantir suas permanências no governo por mais tempo. Esse tipo de jogada é comum na história da política, quem trabalha nos bastidores sabe. E a gente sabe também que só quem perde com isso é o Governador, que precisa administrar o problema”, esboça.

Todos os entrevistados nessa matéria aceitaram conversar com a reportagem sob a condição de anonimato.

Fonte: JH Notícias