Alvo de duras críticas por parte do cidadão comum que recebe em média de um a dois salários mínimos, os penduricalhos anexados aos salários de políticos brasileiros é uma triste realidade ainda não sanada pelo sistema de gestão pública vigente.
Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP) homologou em uma canetada a possibilidade dos deputados federais receberem, além do seu salário, o valor de até R$ 8.401 mil de auxílio moradia.
Entre os oito deputados da bancada de Rondônia no Congresso Nacional, apenas dois receberam o malvisto penduricalho, Lebrão (UB) e Thiago Flores (MDB), isso, mesmo com o Governo disponibilizando apartamentos funcionais para que os deputados utilizem como moradia no período em que estão na capital do país.
O valor recebido por Lebrão para custear sua moradia em Brasília pode até ser considerado i irrisório, R$ 722,76. Já o auxílio moradia depositado na conta de Thiago Flores foi mais polpudo, um total de R$ R$ 3.557,37.
O salário de um deputado federal é de R$ 39.293,32 e pode facilmente bancar seus custos pessoais como alimentação, moradia, vestimenta, contas pessoas entre outras despesas que um cidadão comum banca com seu salário sem a vantagem de qualquer auxilio à mais.
Silvia Cristina (PL), Mauricio Carvalho (UB), Lúcio Mosquini (MDB), Cristiane Lopes (UB) e Coronel Chrisóstomo (PL) não recebem o auxílio moradia pois decidiram morar em um dos 432 apartamentos funcionais. Atualmente 364 estão ocupados, ou seja, existe vaga para Thiago Flores usar um desses apartamentos como moradia e evitar mais gastos do erário com seu mandato.
Já Fernando Máximo (UP) abriu mão tanto do auxílio moradia, quanto do apartamento funcional, indicando que banca sua estadia em Brasília através de seus rendimentos pessoais.
Uma proposição de Ideia Legislativa foi impetrada no Senado para acabar com o auxílio moradia dos parlamentares e já conta com a adesão de 253.804 cidadãos.
