O Diário Oficial de Rondônia trouxe nesta semana a exoneração de 11 nomes ligados ao ex-secretário da Casa Civil, Júnior Gonçalves. As demissões ocorreram no segundo escalão do governo Marcos Rocha e atingiram pessoas próximas ao ex-secretário, que foi afastado sob acusações de traição política. Os salários dos exonerados variavam entre R$ 9 mil e R$ 21 mil.
A medida foi vista como um movimento para desarticular a influência de Gonçalves dentro do governo, mas fontes afirmam que aliados do ex-secretário seguem ativos nos corredores do poder, apostando em um retorno triunfal. Nos bastidores, circula a tese de que o governador Marcos Rocha deve renunciar ao cargo em 1º de abril de 2026 para disputar uma vaga ao Senado, o que abriria caminho para que o vice-governador, Sérgio Gonçalves, irmão de Júnior, assumisse o Palácio Rio Madeira. Com isso, Júnior voltaria à Casa Civil como uma espécie de articulador-mor.
Entre os exonerados, havia um assessor que replicava os métodos de Júnior Gonçalves, dificultando audiências ao agendar reuniões para semanas depois, na tentativa de desgastar os solicitantes e fazê-los desistir. Além disso, um adjunto que mantinha um relacionamento dentro da própria secretaria tem afirmado nos bastidores que o grupo retornará ao poder e que servidores deveriam manter lealdade.
A lista de exonerações inclui nomes de diversos cargos estratégicos dentro da Casa Civil, como diretores de gestão e assessores políticos. Confira os demitidos na primeira “guilhotina” promovida pelo governo:
•Karem Fonseca de Moura – Assessor XIV
•André Luiz de Souza Ramalho – Assessor XIV
•Isabele Cristine Lazzaretti Rosa – Assessor XIV
•Karla Cabral Cristaldo – Assessor XIV
•João Carlos Dias Nazareth Neto – Assessor XIII
•Caio Magalhães Novaes – Assessor IX
•Vanuza Maria da Silva – Assessor VIII
•Priscila Felipe Pereira – Diretora de Gestão de Municípios
•Paulo Henrique da Rosa Peres – Diretor de Gestão de Relacionamento
•Lidiane da Silva Martins – Diretora Política e de Relacionamento Parlamentar
•Paulo Roberto Gomes da Costa Barros – Diretor Executivo
Apesar das exonerações, aliados de Júnior Gonçalves seguem movimentando suas peças no tabuleiro político. Resta saber se o governo conseguirá, de fato, cortar a influência do ex-secretário ou se ele voltará ao cenário com ainda mais força.