Conhecido por sua fidelidade extrema aos princípios políticos e éticos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (DEM) vem utilizando seu mandato para embarreirar o andamento da CPI da COVID.
Ele andou nervoso pelos corredores do Congresso Nacional pelo fato de não ter sido escolhido o relator da CPI, função que lhe daria mais poder para defender o seu idolatrado presidente.
Porém, mesmo não ficando com a relatoria, Marcos Rogério está promovendo uma campanha em defesa de Bolsonaro, chegando a solicitar que os senadores que integram a comissão que fiscaliza as ações do Governo Federal durante a pandemia não tenham voz perante a CPI.
Esse posicionamento de Marcos Rogério veio após um requerimento apresentado pela senadora maranhense Eliziane Gama (CIDADANIA) que integra a Comissão de Acompanhamento da covid-19, que pede uma troca de informações e até a realização de audiências conjuntas com a CPI.
As informações repassadas de uma comissão para outra podem ser esclarecedoras para descobrir o que de fato aconteceu durante a pandemia. Só que Rogério acha melhor deixar a comissão de fiscalização de lado e em resposta à Senadora chegou a afirmar que ambas as comissões fazem trabalhos distintos.
“Eu acho que são duas comissões com perfis diferentes, com propostas diferentes. Eu acho que o papel da Comissão de Acompanhamento é importante, é fundamental, mas ele segue uma lógica, uma diretriz e a Comissão Parlamentar de Inquérito tem regras próprias que não se confundem com a da Comissão de Acompanhamento. A CPI tem um caráter excepcional, ela tem um método de trabalho diferente das comissões. Então, não acho que seja possível juntar essas duas comissões numa única comissão”, disse Marcos Rogério.
A CPI da COVID deve ser instaurada nesta terça-feira (26) e o senador rondoniense rondoniense Marcos Rogério fará parte da investigação.
