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Já passamos por isso e agora são os jovens que convivem com uma doença que atinge quase 5% da população mundial

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.
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APELIDO

Não são um nem dois, os amigos que conheço que quando garoto eram chamados de corcunda. Eu também cheguei a ouvir isso por conta da postura não ereta de andar.

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“GRAÇA”

Embora isso sempre tenha sido motivo de gozação entre a molecada da escola ou futebol – jamais foi encarado como pejorativo ou de menosprezo – nunca se levou muito a sério o andar corcunda da piazada.

GRAVE

Apesar de todas as brincadeiras que se fazia sobre Escoliose, inclusive com meninas da turma que também tinham  postura torta, ou aparente deformidade na coluna, o problema não tem nada de engraçado. É mais sério do que possamos imaginar.

DOENÇA

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é uma deformidade da coluna vertebral e do tronco que afeta crianças e adolescentes aparentemente saudáveis, sendo a maioria meninas.

ADOLESCÊNCIA

A doença pode progredir durante os rápidos períodos de crescimento e atinge entre 2% e 4% da população. No Brasil isso representa 6 milhões de pessoas.

EXAME

O principal aliado do tratamento para a EIA é o diagnóstico, pois mais de 99% dos casos, quando detectados precocemente, têm a deformidade estabilizada por meio de tratamento conservador (não cirúrgico) específico para a doença.

“OPERAÇÃO”

No entanto, no Brasil, o diagnóstico tardio e a não realização de tratamento conservador adequado têm levado um grande contingente de adolescentes à cirurgia, uma intervenção altamente complexa e com riscos.

ESTUDO

Uma pesquisa recente sobre o tema tenta  explicar  quais são os fatores que têm impedido o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença no país.

FINALIDADE

O objetivo geral do projeto é contribuir no desenvolvimento de estratégias para o diagnóstico e tratamento da Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) no Sistema Único de Saúde (SUS), sob o princípio da integralidade do cuidado.

ANÁLISE

Os estudos buscam  compreender a situação do tratamento de escoliose no Brasil, tendo como base dados estatísticos, análise documental e revisão de literatura.

TRATAMENTO APLICADO

Diante disso, a proposta é analisar as percepções de pacientes, familiares e profissionais de saúde sobre a escoliose, em relação aos itinerários terapêuticos vivenciados.

CORPO

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é uma alteração da coluna vertebral e do tronco, tridimensional, que afeta crianças e adolescentes, sendo a maioria meninas (cerca de 80%).

RAPIDEZ

A EIA, que corresponde a cerca de 80% das escolioses, progride durante os rápidos períodos de crescimento, conhecidos como “estirões de crescimento”, e tem algo grau de evolução.

RISCOS

Se não tratada, pode progredir a um nível que afeta órgãos como coração e pulmão, levando a condições incapacitantes. O que se observa mais frequentemente, além dos comprometimentos de saúde, é o impacto psicológico que ela causa, pois afeta a autoestima, os processos de sociabilidade, condições de estudo e trabalho, especialmente a longo prazo.

TEMPO

O tratamento de crianças e adolescentes com escoliose é uma corrida contra o tempo. Quanto antes detectada, isto é, no início de sua evolução, maior a possibilidade que o tratamento conservador seja eficiente e consiga controlar a progressão da curva.

GINÁSTICA

O tratamento conservador significa a  realização de exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose e o uso de órtese com correção 3D que, comprovadamente em vários estudos, são muito eficientes.

AVALIAÇÃO

Se  a escoliose já está em alto grau, a cirurgia é a principal alternativa. É uma cirurgia complexa, com riscos significativos. Mas, segundo a literatura, apenas 0,3% dos casos precisam de cirurgia, pois, mesmo com tratamento conservador, a progressão atinge um patamar muito alto.

8 ANOS NA FILA

No entanto, no Brasil, a cirurgia tem sido indicada como o tratamento mais frequente. E, o pior, há filas no SUS que podem chegar a até oito anos de espera, o que, evidentemente, agrava muitíssimo a escoliose.

OPINIÃO

Na mesma linha de outras doenças conhecidas, os pacientes com problemas de Escoliose que dependem do Serviço Público de Saúde, infelizmente aumentam a fila de doentes desolados que precisam se conformar com uma longa espera.

GOVERNO FEDERAL

Se servir como consolo aos milhões de doentes espalhados pelo Brasil, o O Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) recebeu em 2023 o maior investimento já disponibilizado anualmente pelo Ministério da Saúde, de R$ 657 milhões, inseridos no Novo PAC.

RECORDE

O  desempenho recorde foi obtido com uma série de esforços, que envolveram o aumento da capacidade produtiva de medicamentos em Farmanguinhos (da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz), desenvolvimento de produtos de terapia celular avançada para câncer e plataforma tecnológica inovadora em RNAm, com o Instituto Butantan e Biomanguinhos/Fiocruz, nova plataforma para soros, além de investimento em inovação para dispositivos médicos e equipamentos, com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

PREVISÃO

Entre 2024 e 2026, a estimativa do Ministério da Saúde é investir mais de R$ 8,1 bilhões no CEIS. Com esse investimento, o governo avança na estratégia para reindustrialização do país em um dos setores mais importantes para a política industrial brasileira, a saúde.

PRIVADO

Além do recurso do Ministério da Saúde, há previsão de investimentos privados e oriundos de financiamento público de outros órgãos para produção e inovação, totalizando R$ 42,1 bilhões em quatro anos.

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