Restando pouco mais de um mês para passar a faixa, o governador do estado de Rondônia, Daniel Pereira (PSB) terá de levar na mala uma recordação indigesta, uma operação da Polícia Civil que levou para o presídio o seu secretário de Meio Ambiente, Hamilton Santiago Pereira, acusado de integrar uma quadrilha montada dentro do poder público que desflorestavam sem qualquer permissão legal, lucrando com destruição da floresta amazônica.
De acordo com a Polícia Civil, que denominou a operação de “Pau Oco”, para realizar o processo de extração das madeiras, os agentes públicos envolvidos fraudavam documentações e praticavam diversos ilícitos travestis de representantes do Governo. Durante a operação Daniel Pereira estava em Brasília, onde permanece e ainda não se manifestou sobre o caso.
Daniel Pereira já responde uma ação na Justiça de suposto abuso de poder econômico, em conjunto com o ex-governador Confúcio Moura, foi acusado de se beneficiar politicamente com a distribuição de alimentos para apoiadores, chegou a ser condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral, porém permaneceu na então condição de vice-governador por decisão das instâncias superiores.
No caso da operação “Pau Oco” não se sabe até onde vai a responsabilidade do chefe do secretário preso, como de praxe em situação semelhantes por todo o país, mandatário de cargo maior alega na maioria das vezes não ter controle amplo sobre as ações dentro de suas secretarias e desconhece qualquer esquema, resta saber qual será a resposta de Daniel Pereira.