Fonte do jornal Folha do Sul, que participou de uma reunião recente dos partidos aliados ao senador Ivo Cassol (PP), realizada em Ji-Paraná, na semana passada, garantiu: embora o grupo tenha decidido formar aliança com as legendas que integram a coligação do empresário Acir Gurgaz, pré-candidato a governador pelo PDT, o próprio Ivo não ira pedir votos e muito menos subir no palanque dele. Até porque, conforme declaração do informante, com base na afirmativa do senador, “um vaso quebrado demora algum tempo para juntar e colar os cacos”.
Segundo o entrevistado, que acompanha os bastidores desta fase da campanha eleitoral, mas prefere se manter anônimo, os partidos PP, SD, PDT, PSB, PTB e PR já teriam selado o pacto político para o pleito deste ano, e aguardam ainda a adesão do PT e do PRB.
O informante admite que o grupo de Ivo tem demonstrado resistência à aliança com Acir, já que os dois senadores passaram vários meses trocando farpas e fazendo graves acusações mútuas. Mas esclarece que, do ponto de vista prático, a composição era a mais viável eleitoralmente: com a coligação proposta, todos os candidatos a deputado disputam com chances iguais.
Num vídeo divulgado recentemente, o próprio Cassol apresenta a razão para a escolha do adversário político, a quem dirigiu adjetivos como “covarde” e “mentiroso”: apesar das rusgas entre os dois, Gurgacz teria concordado em receber em seu palanque o ex-deputado federal Carlos Magno (PP), nome que Ivo faz questão de ver na disputa pelo Senado.
EXPEDITO
Em seu desabafo ao lançar o nome de Carlos Magno, o senador do PP admite que seu grupo esperava uma composição com o ex-senador Expedito Júnior (PSDB), de quem já foi aliado e que também já teve seu nome oficializado como candidato a governador.