Os atendimentos de doenças respiratórias cresceram 56% em Porto Velho, entre julho e agosto deste ano, com relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram repassados à Rede Amazônica pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
No sétimo e oitavo meses de 2021, pelo menos 161 pessoas procuraram as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital por causa de doenças como asma, bronquite, sinusite e rinite. Este ano, 2022, o número subiu para 252.
De acordo com a Semusa, o número de atendimento neste período do ano é maior e tem ligação com a fumaça gerada por queimadas. Vermelhidão nos olhos, falta de ar, pele irritada, tosse, coriza e crises alérgicas são as principais queixas entre os pacientes.
A pediatra Izaura Campos comenta que resfriados e gripes surgem bastante nesses meses e crianças que já têm doenças pulmonares prévias, por exemplo, entram em crises. É o caso do filho da Shonja Vieira, de um ano e sete meses. Por ter nascido prematuro, Vitorino tem imunidade baixa e propensão a ter alergias e resfriados.
“Devido a esse tempo seco, de fumaça, ele tá demorando mais que o normal pra se recuperar. Então agora ele tá com coriza, com a tosse persistente, nós estamos investigando uma rinite alérgica também. Qualquer saída de casa é uma piora que ele tem e aí fica um pouquinho difícil a recuperação dele”, relata a mãe.
Confira dicas da pediatra para minimizar os efeitos do tempo seco e fumaça à saúde:
- Aumentar o consumo de água;
- Colocar baldes de água e toalhas umidificadas pela casa;
- Diminuir a aglomeração entre as crianças na escola;
- Deixar a limpeza dos ar-condicionados em dia;
- Usar umidificador da forma correta (umas 3 ou 4 horas antes de entrar no quarto e depois desligar).