Um estudo promovido pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), com base em dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), apontou o estado de Rondônia como a porta de entrada do mercúrio ilegal em território brasileiro.
Segundo o documento, fatores políticos, econômicos e geográficos impulsionaram o papel estratégico de Rondônia nas atividades ilícitas. O mercúrio entra no Estado através da fronteira com a Bolívia.
Ainda de acordo com o relatório, a cidade de Porto Velho funciona como uma espécie de “centro de distribuição” do mercúrio contrabandeado que vem da Bolívia e, em seguida, segue para os garimpos ilegais estabelecidos na Amazônia brasileira.
O uso indiscriminado do mercúrio é extremamente danoso à saúde humana, uma vez que ele se entranha nos peixes e na água dos rios, sendo responsável por moléstias como câncer, entre outras doenças graves.
As seguidas operações contra o garimpo ilegal em Rondônia costumam ser alvo de críticas, porém têm como uma de suas finalidades justamente combater o contrabando de mercúrio.
O estudo é denominado “Mercúrio na Amazônia: redes criminosas transnacionais, vulnerabilidade socioambiental e desafios para a governança”.
