Bastou o Governo Federal publicar em seu Diário Oficial desta última segunda-feira (18) o aviso de licitação para o edital da construção da ponte binacional que ligará as cidades de Guajará-Mirim (BRA) a Guayaramerin (BOL) para que os políticos da região passassem a disputar uma corrida para se apresentarem primeiro aos seus eleitores como “pai da criança”.
Até o governador do Estado, Marcos Rocha (UNIÃO), que não é muito dado a foguetórios, foi em seu Instagram mostrar documentos oficializados por ele onde solicitava as tratativas para a construção da ponte.
Já o senador Confúcio Moura (MDB) veiculou através de sua assessoria um material informativo anunciando o início das obras, também buscando destaque sobre esse tema tão sensível à população rondoniense.
Porém, a história por trás do início da obra da ponte binacional vai além de Marcos Rocha e Confúcio Moura, já que existem relatos das primeiras negociações sobre o tema ainda na gestão do ex-governador Valdir Raupp (MDB) nos anos 90 através do ex-vice-governador, ex-presidente da FIERO, e ex-deputado federal Miguel de Souza.
Integrando a primeira comitiva que saiu de carro rumo ao oceano pacifico, Miguel de Souza fez história na luta pela integração de Rondônia aos países vizinhos da América Latina através de pontes e estradas. Foi aí que nasceu oficialmente o sonho da ponte entre Guajará e Guayará.
Porém, os anos foram passando, o projeto foi sendo deixado de lado, Miguel de Souza e Valdir Raupp encolheram politicamente, outros tempos e outras prioridades, até que veio o ano de 2023 e a importante Audiência Pública solicitada pelo deputado Maurício Carvalho (UNIÃO), através de indicação de Alan Queiroz (PODE), que reuniu as mais importantes lideranças políticas de Rondônia na Câmara Federal.
A partir desse momento o projeto foi desengavetado, as coisas passaram a andar, o dinheiro chegou e finalmente a obra vai sair.