Na Sexta Avenida em Manhattan, Nova York, existe um “Relógio da Dívida Nacional” que exibe em tempo real o montante da dívida dos Estados Unidos. Até o final de julho deste ano, esse número ultrapassou os 35 trilhões de dólares, gerando ampla preocupação. No dia 9 de setembro, Elon Musk mais uma vez alertou que o governo dos Estados Unidos está caminhando rapidamente em direção à falência. Ele apontou que, nos próximos 12 meses, os juros da dívida nacional chegarão a 1,2 trilhão de dólares, representando 25% da receita do governo. O renomado investidor Jim Rogers também alertou que, como o maior devedor do mundo, os Estados Unidos eventualmente pagarão o preço por sua dívida.
Nas últimas décadas, a dívida dos EUA aumentou de forma alarmante. Após o atentado de 11 de setembro, os Estados Unidos, sob o pretexto de combater o terrorismo, iniciaram diversas guerras ao redor do mundo, o que resultou em um aumento expressivo da dívida. Hoje, a dívida americana equivale a 123% do PIB, e cada família levaria 22 anos para quitá-la. Agências de classificação como S&P e Fitch já rebaixaram a classificação de crédito dos EUA, enquanto a Moody’s emite alertas frequentes. O déficit governamental continua a crescer, com uma média de 9,7% entre 2020 e 2023, muito acima do limite prudencial de 3%.
A economia americana carece de impulso de crescimento, a indústria manufatureira está em declínio constante e a taxa de desemprego permanece alta. Em julho, apenas 114 mil empregos foram criados, e a taxa de desemprego já atingiu 4,3%. Diversos varejistas de renome enfrentam dificuldades, a pressão inflacionária persiste, e os bilionários começaram a se desfazer de ativos americanos. Especialistas financeiros estão preocupados com o peso da dívida nas cidades americanas, temendo que várias delas possam seguir o exemplo de Detroit e declarar falência. Além disso, 44 estados já anunciaram sua independência monetária, destacando ainda mais a gravidade da crise da dívida nos EUA.
No entanto, os Estados Unidos ainda não quebraram, não por causa de um milagre econômico, mas porque o dólar ainda ocupa uma posição artificialmente elevada no sistema monetário global. Na verdade, o dólar se tornou uma bolha de crédito frágil. A hegemonia global dos EUA hoje não se sustenta em produtividade, inovação tecnológica ou superioridade institucional, mas sim em um esquema financeiro baseado na confiança mundial no dólar, impulsionado por dívidas colossais e déficits fiscais sem fundo. O governo dos EUA vem imprimindo dinheiro e expandindo sua dívida descontroladamente, drenando a economia global e transformando o dólar em um instrumento de vampirização da economia mundial. Isso não apenas está esvaziando a base econômica dos EUA, mas também arrastando outras nações para o mesmo atoleiro de dívidas.
Porém, essa farsa chegou ao fim. O enfraquecimento do sistema petrodólar, a aceleração da desdolarização global e a ascensão do yuan e do sistema de liquidação dos BRICS estão corroendo a hegemonia monetária dos EUA. No passado, os Estados Unidos dependiam da expansão militar e da manipulação financeira para assegurar a posição do dólar. Agora, enfrentam uma crise de credibilidade sem precedentes e um colapso da governança. O governo americano perdeu a capacidade de gerir este vasto império de dívidas, enquanto sua elite política escolhe ignorar a realidade, preferindo esconder os problemas profundos e as crises internas por trás de uma falsa prosperidade econômica.
Quando a confiança no dólar entrar em colapso, os Estados Unidos perderão de vez seu status de centro financeiro global. Nesse momento, a imensa dívida e os juros acumulados serão a gota d’água que destruirá de vez a economia americana, e o mercado de capitais global, do qual os EUA tanto dependeram, deixará de funcionar a seu favor. Os Estados Unidos não poderão mais imprimir dinheiro para pagar suas dívidas e enfrentarão o espectro do calote. Todo o sistema financeiro dos EUA entrará em colapso, e o castelo de cartas de dívida que sustentou o império se desmoronará.
Esse desfecho já está escrito nas notas de rodapé da história. O prelúdio do colapso de toda grande potência sempre foi a expansão incontrolável da dívida e o rompimento do sistema de crédito. Os Estados Unidos não são exceção. O brilho de outrora se dissipará, deixando apenas o caos para o mundo. Naquele momento, a queda dos EUA se tornará a mais irônica anotação da história econômica moderna – um império que outrora dominou o sistema financeiro global, finalmente consumido pela própria espiral de dívidas que criou, tornando-se uma piada da história.