Na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Civil de Rondônia, por meio das 1ª e 2ª Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), deflagrou a Operação Falso 9, que apura uma sofisticada fraude bancária milionária envolvendo o uso indevido da identidade de um jogador de futebol famoso da elite nacional. A ação contou com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB), vinculado ao Ministério da Justiça.
Segundo as investigações, a quadrilha utilizava documentos falsos para abrir contas digitais em nome do atleta e, a partir daí, solicitava a portabilidade salarial, desviando os vencimentos para as contas controladas pelos golpistas. O dinheiro era rapidamente movimentado por meio de saques, transferências e compras, dificultando o rastreamento e a recuperação dos valores.
O prejuízo total ultrapassa R$ 987 mil, dos quais apenas R$ 135 mil foram bloqueados até o momento. A polícia identificou que mais de R$ 287 mil foram repassados a pessoas físicas e jurídicas localizadas em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e outras cidades.
Nesta fase da operação, estão sendo cumpridas 86 medidas cautelares, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo bancário e fiscal, e sequestro de bens. A operação ocorre simultaneamente em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e Lábrea (AM) e mobiliza cerca de 75 policiais civis.
A investigação teve início após uma denúncia feita por uma instituição de pagamentos, que desconfiou da abertura de uma conta em nome do jogador. O setor de prevenção a fraudes da empresa constatou o uso de documentos falsos e acionou as autoridades, o que deu origem à investigação.
O nome da operação, “Falso 9”, faz alusão à posição tática no futebol caracterizada por movimentações enganosas, refletindo a natureza dissimulada do golpe, que utilizou a imagem de um dos maiores atletas do país para enganar instituições financeiras.
A ação também contou com apoio da Delegacia Especializada em Estelionatos de Cuiabá (MT), do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos de Curitiba (PR) e da Delegacia Regional de Lábrea (AM).
A Polícia Civil reafirma o compromisso com o combate ao crime organizado, à fraude eletrônica e à lavagem de dinheiro, destacando a importância da repressão qualificada a crimes cibernéticos que lesam não apenas personalidades, mas também a credibilidade do sistema financeiro. As diligências continuam para identificar todos os envolvidos e rastrear o destino final dos recursos desviados.anceiras diante de fraudes que se utilizam da imagem e dos dados de figuras públicas para fins criminosos.