Uma onça-pintada, símbolo da fauna brasileira e espécie no topo da cadeia alimentar, foi registrada recentemente por uma armadilha fotográfica em uma área de restauração ecológica da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho (RO). O flagrante é um marco importante no monitoramento ambiental da região, demonstrando sinais concretos da recuperação do ecossistema local.
A armadilha fotográfica faz parte do trabalho desenvolvido pela Organização da Sociedade Civil Ecoporé, em parceria com o projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil). O registro do grande felino é considerado um forte indicativo de que os esforços de restauração da biodiversidade estão surtindo efeito.
Segundo a ONG Ecoporé, a presença da onça-pintada evidencia que o ambiente está voltando a oferecer condições adequadas para a sobrevivência de espécies de grande porte e sensíveis à degradação ambiental. “A onça-pintada é uma espécie indicadora. Quando ela reaparece em um território, significa que a cadeia ecológica está se reestabelecendo”, afirma a organização.
Além da onça, outras espécies ameaçadas também foram avistadas na região restaurada, como a anta, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, o queixada, o macaco-aranha e diversas aves sensíveis às mudanças no ambiente natural.
O projeto de restauração ecológica integra ações de recuperação de áreas degradadas, monitoramento de fauna e educação ambiental, visando fortalecer a conectividade das paisagens e conservar a biodiversidade amazônica em longo prazo.
A Floresta Nacional do Bom Futuro, palco do flagrante da onça, é uma Unidade de Conservação de uso sustentável, onde práticas de manejo florestal responsável e ações de restauração vêm sendo implementadas com o apoio de comunidades locais e instituições ambientais.
O registro da onça reacende o otimismo de ambientalistas e reforça a importância dos investimentos em projetos que aliam conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável na Amazônia.