O governo do Rio Grande do Sul anunciou hoje que o número de mortes relacionadas às enchentes que devastaram várias cidades do estado aumentou para 46. Segundo informações da Defesa Civil estadual, divulgadas nesta tarde, há também 46 pessoas desaparecidas em três municípios gaúchos: Muçum (com 30 desaparecidos), Lajeado (com oito) e Arroio do Meio (também com oito desaparecidos).
Para auxiliar nas operações de busca e resgate, estão sendo utilizados drones, incluindo alguns equipados com tecnologia térmica, que podem detectar variações de calor e identificar sinais de vida. Além dos drones pertencentes ao governo do Rio Grande do Sul, equipamentos fornecidos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional estão sendo empregados no campo, com funcionalidades que vão além da captura de imagens e estão sendo utilizados para facilitar as atividades de busca.
“Essas ferramentas também permitem a localização de corpos, pois captam informações de altimetria (medição das elevações do terreno) e altitude (medição da distância vertical em relação ao nível do mar). Portanto, com a compilação desses dados, é possível calcular planos altimétricos (determinando os níveis do terreno), massa, altura e distâncias”, informou o governo estadual.
A busca e resgate estão sendo auxiliados por aeronaves com capacidade de voo noturno, e o Corpo de Bombeiros Militar deve começar a empregar cães de busca ainda hoje.
O governo estadual afirmou que as equipes de resgate contam com o apoio da Defesa Civil Nacional, que forneceu quatro membros do Grupo de Apoio a Desastres (Gade). Essa equipe já começou a usar drones em Muçum e Roca Sales para capturar fotos e realizar trabalhos específicos em áreas onde as pessoas estão desaparecidas.
Além disso, foram feitos registros em plano aberto para avaliar a extensão da área afetada, bem como imagens de edifícios públicos e residências destruídas. Todos os registros são georreferenciados, incluindo coordenadas de localização, e podem ajudar nos planos de reconstrução das infraestruturas danificadas e no embasamento de decretos de calamidade pública.
Com informações Agência Brasil*