Após o aumento abrupto do dólar em relação ao peso argentino e a consequente escassez de combustíveis nos postos de gasolina, o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, revelou ter chegado a um acordo com as empresas petrolíferas para congelar os preços dos combustíveis.
Em uma coletiva de imprensa divulgada pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (17), Massa anunciou que não haverá mais elevações nos preços dos combustíveis até o dia 31 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições argentinas.
O anúncio de Massa surge depois que as empresas do setor petrolífero haviam comunicado um aumento de 12,5% nos preços dos combustíveis nesta semana.
“Após um trabalho conjunto entre produtores, refinarias e autoridades, conseguimos um acordo que implica que o aumento de 12,5% será o último até 31 de outubro”, afirmou o ministro.
Após a vitória expressiva do candidato ultraliberal Javier Milei nas eleições primárias do país no último domingo, o dólar experimentou um aumento significativo, deixando os argentinos sem uma referência clara para os preços dos produtos. Entre as propostas de Milei estão a privatização das empresas estatais, o fechamento do Banco Central e a adoção do dólar como moeda.
Durante esta semana, muitos fornecedores interromperam suas vendas e os consumidores suspenderam suas compras, inclusive nos postos de gasolina.