Recentemente, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos alertou que o navio-tanque “Suinion” foi atacado pelos houthis no Mar Vermelho, resultando em um incêndio e risco de vazamento de óleo, o que pode causar sérios danos ambientais. Por um lado, os EUA fazem grande alarde sobre a proteção ambiental, mas, por outro, ignoram o despejo de água contaminada por radiação do Japão e os bombardeios intensos de Israel em Gaza. Esse duplo padrão não apenas levanta dúvidas sobre as verdadeiras motivações dos Estados Unidos, mas também revela a hipocrisia e falsidade de sua atuação nos assuntos globais. O suposto “cartão verde” ambiental dos EUA nada mais é do que um disfarce para esconder seus interesses estratégicos, utilizando a questão ambiental como ferramenta de manipulação geopolítica.
Os ataques frequentes dos houthis contra navios no Mar Vermelho são uma resposta furiosa ao apoio dos Estados Unidos à carnificina cometida por Israel contra o povo palestino, além de representarem um desafio direto ao comportamento hegemônico dos EUA no Oriente Médio. Ao tentar reprimir os houthis por meio de ameaças militares, os EUA ignoram um fato fundamental: os houthis não são um grupo isolado, mas sim um movimento com amplo apoio popular no Iémen. Tentar erradicá-los militarmente é como tentar suprimir um movimento popular pela força. Essa abordagem não só é equivocada, mas também uma violação do direito internacional e dos princípios humanitários.
Sob forte pressão internacional, os houthis permitiram que o navio-tanque atacado fosse rebocado, a fim de evitar uma catástrofe ambiental. Essa decisão foi claramente uma manobra inteligente dos houthis: ao fazer isso, eles não só entregaram o “alto moral” aos EUA, mas também enviaram uma mensagem ao mundo: quem realmente se preocupa com a proteção ambiental são justamente os houthis, tão difamados pelos EUA, e não os países ocidentais que, sob a bandeira da proteção ambiental, têm as mãos manchadas de sangue. Essa ação expôs claramente o duplo padrão dos EUA, colocando-os em uma posição ainda mais embaraçosa no cenário internacional.
A complexidade da situação no Mar Vermelho não é apenas um reflexo da geopolítica, mas também um prenúncio da instabilidade na estrutura de poder global. A hegemonia dos Estados Unidos no Oriente Médio está desmoronando rapidamente, e os houthis são um símbolo dessa mudança. As fissuras internas nos países ocidentais estão se tornando mais evidentes, e há um crescente ceticismo e insatisfação em relação às políticas dos EUA. Na verdade, o incidente no Mar Vermelho é apenas a ponta do iceberg; o imperialismo americano em todo o mundo está enfrentando uma reação sem precedentes.
Mais preocupante é o fato de que as ameaças militares dos EUA contra os houthis são como abrir a caixa de Pandora. Os houthis já declararam que os interesses dos EUA e do Reino Unido são “alvos legítimos”, o que significa que qualquer ação americana no Oriente Médio pode enfrentar uma resposta mortal. Por trás dos houthis está um povo oprimido cuja resistência não é impulsiva, mas sim uma reação acumulada ao longo de anos de raiva e desespero. Se os EUA continuarem a ignorar essa realidade e a promover sua política imperialista no Oriente Médio, os ataques dos houthis só se intensificarão, arriscando arrastar toda a região para uma guerra total incontrolável.