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PAVO REAL – 29 pessoas são denunciadas pelo MPF por formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro em Porto Velho

Denunciados foram alvo da Operação Pavo Real, que constatou movimentações de dinheiro do tráfico de drogas

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 29 pessoas por lavagem de dinheiro e pela participação em uma organização criminosa. De 2012 a 2020, os denunciados se organizaram de forma estruturada para realizar a movimentação do dinheiro, oriundo do tráfico internacional de drogas, enquanto seu líder se encontrava em Porto Velho (RO).

A Polícia Federal iniciou as investigações para apurar o envolvimento de Jarvis Chimenes Pavão nos crimes, constatando que ele tinha o papel de liderança na organização criminosa. À época, Jarvis estava preso na Penitenciária Federal de Porto Velho.

A Operação Pavo Real, deflagrada em agosto de 2020, comprovou que os denunciados movimentavam dinheiro de tráfico de drogas usando empresas de fachada ou por intermédio de “laranjas”, realizando a ocultação dos lucros comprando imóveis e veículos de luxo. A família do líder da organização e pessoas próximas a ele viviam em um padrão incompatível com a sua realidade financeira, pois não possuíam emprego oficial ou fontes lícitas de renda. Apesar disso, utilizavam seus recursos na compra de veículos e bens de grande valor e manutenção de residências em condomínios de alto padrão.

Organização criminosa – A organização criminosa girava toda em torno do seu chefe, Jarvis Chimenes Pavão, que coordenava, de dentro da prisão, em Porto Velho e em Brasília (DF), para onde foi transferido depois, as atividades do grupo, bem como todos os recursos financeiros e imóveis registrados nos nomes dos familiares e terceiros. Em sua cela na Penitenciária Federal de Porto Velho foram encontradas anotações que registravam imóveis, suas localizações e proprietários, além dos valores recebidos por aluguéis.

As ordens aos demais componentes do grupo criminoso eram transferidas através de integrantes de sua família, especialmente sua esposa Talessa Ariany Santos Silva e seu filho Luan Azevedo Pavão, durante as visitas realizadas na penitenciária federal. Uma complexa rede de pessoas e empresas se encarregava de lavar o dinheiro originado pelo tráfico internacional de drogas, por meio de negócios imobiliários e compra de veículos de luxo.

Lavagem de dinheiro – A acusação formulada pelo MPF a respeito da lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas abrange três imóveis vinculados aos denunciados, a aquisição de uma casa e de um carro (Land Rover/Discovery Sport).

De 2012 até 2018 alguns dos denunciados, participantes da organização, adquiriram três apartamentos em Balneário Camboriú (SC). Dois desses imóveis foram vendidos e o terceiro pertence à Luan Azevedo Pavão, filho do líder do grupo. As compras foram realizadas por meio de pessoas “laranjas”.

Em 2015 membros do grupo compraram, também por meio de “laranja”, uma casa em Balneário Camboriú. A casa serve de residência para Adriana Azevedo Pavão, ex-esposa de Jarvis e também participante da organização. Uma busca pela escritura do imóvel demonstrou que a casa estava registrada em nome de “terceiros”.

No ano de 2019, também em Balneário Camboriú, Adriana Nascimento Pavão adquiriu o veículo Land Rover/Discovery Sport em nome de “laranja”, por mais de duzentos mil reais. O pagamento foi realizado com o dinheiro da organização criminosa.

Os outros denunciados são: Adriano Ronaldo Coelho Zuim, Ailton Fernandes Gonçalves, Alan Mendonça da Luz, Andrea Tathiane Nascimento Camargo, Andrea Correa Mendonça Pereira Camargo, Arnaldo Jeremias Ramón Martins Recalde, Caroline Eckert Cordeiro, Cyrus Nathann Kabad da Costa, Elza Barbosa do Amaral, Gandhi Jacob Kabad da Costa, Gilson Menegatti, Gustavo Correa Mendonça, Jean Marcelo Chimenes, João Pedro Braga, José Martinez Mendi Pavão, Kaline Oliveira Santos, Maria Helena Paredes, Mário Luis Schmidt, Nair Chimenes Larson, Nelson de Souza Lameado, Patrick Francio Machado, Paulo Larson Dias, Regina Estela Chimenes Pavão, Rosinaldo Alves da Cunha e Wilians de Souza Yamamoto.

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