Após um período de tempo cego, surdo e mudo sobre as representações de quebra de decoro parlamentar contra os deputados José Lebrão e Geraldo da Rondônia, o presidente do Conselho de Ética da ALE/RO, Jhony Paixão, decidiu agir, porém da pior forma possível.
Jhony indicou e votou o nome do deputado Edson Martins para ser o relator do pedido de cassação do mandato de Lebrão, mesmo sabendo de dois fatos cruciais, o de que Martins é do mesmo partido de Lebrão e que ele está com o condenado com decisão transitada em julgado desde 19.03.2021 pelo STJ.
A Justiça condenou Edson Martins à suspensão dos seus direitos políticos por três anos, bem como a perda de qualquer função pública que exerça, conforme sentença condenatória nos autos da ação civil pública de improbidade administrativa processo nº 0010320-25.2002.8.22.0011.
Mesmo ciente dessa condenação e da expectativa de que Edson Martins deva ser retirado de seu mandato nos próximos dias, Jhony Paixão achou correto que Martins fosse transformado no relator.
Com a perda do mandato, a sessão extraordinária promovida pelo Conselho de Ética nesta última segunda-feira (19) não valerá de nada, já que terá que ser nomeado o suplente de Martins no Conselho e escolhido um novo relator, dando mais tempo a Lebrão.
Para que Edson Martins saia de seu mandato basta a comunicação oficial que deverá ser feira pela Justiça de Rondônia, conforme determina o artigo 55, II da Constituição Federal e artigo 34, IV da Constituição Estadual, momento em que ele terá declarado a perda o fim de seu diploma de deputado estadual.
Mesmo afirmando que não haveria paternalismo, Jhony Paixão agiu de forma protecionista, sabidamente atrasando o processo de Lebrão a partir do momento em que votou a favor da relatoria de Edson Martins.
Uma triste trajetória para um politico que foi eleito com a proposta da mudança.