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Deputados rechaçam imagem de que produtor rural é devastador do meio ambiente

A Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR) se reuniu na manhã desta quarta-feira (28), no plenarinho 2, quando discutiu as queimadas em Rondônia e na Amazônia. O presidente da CAPR, Cirone Deiró (Podemos), conduziu a reunião, com as presenças dos deputados Adelino Follador (DEM), Lazinho da Fetagro (PT) e Chiquinho da Emater (PSB).

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Adelino Follador abriu a discussão, rechaçando a imagem negativa que tem sido criada contra os produtores rurais. “Pelo jeito como a mídia fala, passa uma imagem distorcida de que, quem está há anos trabalhando na terra, é um invasor de terras, é um devastador e que não cuida do meio ambiente. Isso não é verdade! Rondônia foi e é construída com a força do trabalho de gente honesta. Que essa onda ambientalista não penalize aos que trabalham no campo, de forma honesta”, disse Adelino.

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O deputado declarou ainda que não se pode tratar os produtores rurais como bandidos. “Eles são vítimas, muitos perderam pasto e bens. Mas, agora eles são bode expiatórios de uma onda de preocupação com a Amazônia, como nunca se viu antes. Temos 70 mil propriedades que deveriam estar legalizadas, não se faz nada. Temos muitas famílias de bem que estão sendo tratadas como desmatadores, ou incendiários, o que não podemos aceitar”.

Lazinho também se posicionou acerca das queimadas, alertando que não se pode abrir margem para a especulação interna e externa. “Tão invadindo e vendendo terra indígena. Isso precisa ser combatido. Numa reunião com governadores, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sugeriu reduzir as terras indígenas e as áreas de reserva. Quem quer fazer, ou já está fazendo, acaba fazendo ainda mais. Acho que o presidente não deveria ter dito isso”, observou.

Sobre os interesses externos, Lazinho ressaltou “que temos diversos interesses, em nossas riquezas, em nossa biodiversidade. Sou um pequeno produtor rural e sei que, se eu destruir tudo, vai ser afetada a minha produção e vou perder. Todos vão perder”.

Cirone afirmou que “gente que nunca pisou aqui na Amazônia, fazendo discurso e protesto distorcido. É preciso respeitar quem aqui chegou, quem aqui mora. Temos uma colonização de sucesso em Rondônia, que tem mais de 60% de área preservada. As ações criminosas, precisam ser combatidas, mas a grande maioria dos produtores hoje é consciente de seu papel ambiental”.

Para Deiró, “temos que ter compensações para quem preserva. E não podemos aceitar essa notícia falsa de que estamos pegando fogo em tudo. A União precisa fazer uma grande operação de regularização fundiária”.

Já Chiquinho argumentou que “foi criada uma imagem ruim, que não é verdadeira. Isso nos preocupa muito e a ação governamental não pode ser apenas apagar fogo e botar a polícia contra os produtores rurais. Rondônia vive do agronegócio, que está sendo afetado com essa onda negativa, de que são devastadores, que não é verdadeira”.

Lazinho apresentou dois pedidos, que foram acatados, para que a Comissão acionasse o secretário de Estado de Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, para informar o contrato de parceria com a Universidade Federal do Paraná, para o acompanhamento do Conseleite.

O outro pedido foi para que a CAPR oficiasse à Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), para que informasse sobre o processo de regulamentação do projeto da Política de Governanças Climáticas.