Nesta semana, o vereador da cidade de Ariquemes, Rafael Fera (PODE-RO), colocou em xeque a credibilidade de uma das instituições mais conceituadas do Estado, a Polícia Civil.
O vereador, que é conhecido por arroubos de agressividade em suas palavras, sugeriu que a Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado – DRACO, pode estar cometendo crime de responsabilidade ao “blindar” a prefeitura de Ariquemes.
Acusações sem bases fundamentadas vem sendo uma constante nos pronunciamentos públicos de Rafael Fera, que já responde à uma denúncia de quebra de decoro parlamentar na Câmara de Vereadores justamente por ter “passado dos limites” em suas acusações contra a prefeita Carla Redano (UNIÃO-RO).
Ao melhor estilo “aloprado”, Fera costuma atacar seus oponentes políticos sempre aos gritos, se posicionando como o “defensor” da probidade, mas se esquece que na função de agente político deve zelar por dois princípios, o da confiança e da dignidade.
Quando Rafael Fera deixa subentendido aos seus eleitores que a DRACO pode estar sendo leviana e fazendo vista grossa para qualquer político no estado de Rondônia, ele fere os princípios mais básicos da confiança e dignidade, pois gera atrito desnecessário da população com o poder policial.
Esse ataque de Fera à Polícia Civil é um exemplo que pode ser levado em análise no seu processo de cassação do mandato na Câmara de Ariquemes como uma pequena mostra da espécie de conteúdo que o parlamentar costuma alimentar nas redes sociais.
Recentemente Fera sofreu uma derrota na Justiça na tentativa de retirar o processo de quebra de decoro. Ele já chegou a pedir desculpas aos vereadores durante sessão plenária por seu “jeito”, mas, o processo segue andando.
