Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, recebimento de propina, improbidade e furto ao erário, essas são algumas das acusações apontadas contra o senador rondoniense Valdir Raupp (PMDB) através do Ministério Público Federal – MPF. De acordo com o MPF, Raupp e a cúpula do atual governo federal, se mancomunaram para subtrair o dinheiro dos cofres da União, em um rombo que ultrapassou os bilhões de reais.
Com seu mandato findando em 31 de dezembro deste ano, Raupp se vê prestes a cair nas mãos da Justiça comum, perdendo o seu foro privilegiado, apenas a reeleição ao Senado o tiraria de um possível julgamento dos juízes que apuram as denuncias da operação Lava Jato no estado do Paraná.
Vendo seu nome amplamente divulgado na imprensa mundial como um possível envolvido em um dos maiores esquemas de corrupção da história do país, Valdir Raupp, utilizou de sua última cartada na tentativa de reverter o lamaçal de denuncias em torno de seu nome, a transposição.
O fato é que mesmo gozando de um relacionamento direto e até de amizade com o presidente da República e grande parte dos atuais ministros, Valdir Raupp e os oitos deputados federais de Rondônia, não impediram que o estado de Rondônia fosse expurgado da Lei que traspôs servidores dos estados de Roraima e Amapá para os quadros da União.
A Emenda Constitucional 98, de 2017, deixou de fora o estado de Rondônia, que agora está sozinho na busca desse direito, que possivelmente se tornará “conto popular” daqui há alguns anos.
Mas, no apagar das luzes, Valdir Raupp se mobilizou e através de contato direto com o braço direito de Michel Temer no Congresso, o Senador Romero Jucá, conseguiu incluir na publicação da Lei, a inclusão de aposentados e pensionistas contratados até o ano de 1987.q
Jucá também é apontado na quadrilha denunciada pelo MPF, assim como presidente Michel Temer, todos da legenda agora denominada de MDB.
Acontece que milhares de servidores contratados até o ano de 1992 foram iludidos com promessas e propostas de diversos políticos eleitos ao Congresso no estado de Rondônia, porém no momento em que tiveram a oportunidade em Brasília, nada foi feito.
Alguns servidores chegaram ao ponto de acumularem dívidas, confiando na certeza dada por alguns políticos.
Mas, o “favor” de Raupp em incluir os aposentados e pensionistas até 1987, será uma de suas bases de campanha, o senador espera ser recebido como “salvador” dos servidores públicos e certamente pedirá que os não contemplados continuem acreditando.
Se agarrando no desespero de servidores que sonham com uma vida melhor, Raupp tentará escapar de se tornar um homem comum e responder devidamente na justiça por suas acusações contra toda a nação.
Fonte: JH Notícias