A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) completa nesta terça-feira (1º) 111 anos de história, sendo considerada por muitos o marco zero de Porto Velho. Desde os desafios enfrentados em sua construção até a era de ouro da borracha e o subsequente declínio, a ferrovia tem sua trajetória intimamente ligada à história do município.
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Atualmente, o complexo da EFMM passou por um processo de revitalização que exigiu um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões, provenientes de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio e da contrapartida da Prefeitura. Após a assinatura do contrato de concessão do complexo para a empresa vencedora da licitação pública, o município realizou a entrega das chaves. De acordo com o contrato, a empresa tem prazo até o dia 21 de outubro para abrir o local ao público.
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Uma demanda antiga de historiadores e da população, o complexo da EFMM ganhará um museu próprio. Esse museu terá como objetivo retratar desde o início até a conclusão dessa ousada empreitada, proporcionando aos visitantes uma linha de comunicação moderna que os conectará à história da ferrovia. O prefeito destaca a importância dessa iniciativa, considerando que a EFMM foi uma das obras mais desafiadoras de sua época.
A revitalização e a criação do museu têm despertado esperanças entre os historiadores de um resgate da identidade e do senso de pertencimento à história da cidade. A EFMM desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de Porto Velho, e vivenciar novamente seus galpões e locomotivas é uma oportunidade única de compreender a trajetória de pessoas que trabalharam e contribuíram para tornar a capital o que ela é hoje.
A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles também contribui para preservar essa história, oferecendo uma variedade de títulos relacionados à EFMM, desde temas acadêmicos até romances e literatura infantojuvenil.
Neste marco histórico de 111 anos da EFMM, celebra-se não apenas a sua longevidade, mas também a valorização de um patrimônio que representa parte essencial da identidade de Porto Velho e de seus habitantes. A história da ferrovia é lembrada e perpetuada através de projetos de revitalização, criação de espaços culturais e da preservação de obras literárias que narram suas conquistas e desafios ao longo do tempo.
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