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Acusado de seqüestrar irmão de ex-vereador é condenado a 13 anos por mais um assassinato em Vilhena

No julgamento de ontem, no Fórum Desembargador Leal Fagundes, em Vilhena, o Tribunal do Júri sob a presidência do Juiz Fabrício Amorim de Menezes, analisou a conduta do réu Heli Jaques Braga, de 40 anos, acusado de assassinar, em 2014, Sandro Lima Barbosa, que tinha 27 anos na época.

De acordo com a denúncia, a vítima estava sentada na frente de uma residência na rua 1701 do bairro Jardim Primavera, conversando com outro rapaz, quando Free Willy, como Helio é conhecido, chegou ao local.

A vítima então teria perguntado se Free Willy não teria algo para ele. A resposta do acusado teria sido um convite para ir até a casa dele e os dois saíram juntos. Ao virar a esquina, Free Willy teria sacado a arma e atirado contra Sandro, que foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

A polícia encontrou cápsulas de pistola no local do ataque. Filmagens de uma câmera próxima ao local mostram um homem com as características do acusado chegando, conversando e saindo junto com a vítima. Mas as imagens não são nítidas. Porém, os policiais que atuaram no caso e que conhecem Free Willy pela sua extensa ficha criminal, não tiveram dúvida ao afirmarem que se tratava mesmo de réu. Além disso, foram apreendidas roupas e um par de tênis de Free Willy idênticos aos usados pelos assassino.

Com base em tudo que está nos autos, o Promotor de Justiça João Paulo Lopes pediu a condenação do réu por homicídio simples, como trouxe a denúncia.

Já o Defensor Público Matheus Lichy apresentou a tese de negativa de autoria e apresentou diversos pontos que ele entendeu como falhas no processo. Dentre os pontos apresentados pelo defensor, ele questiona: “Todas as provas foram produzidas em 15 dias, porque levaram 3 anos para encerrar o inquérito, se tinham certeza que ele era o autor?”

Lichy disse ainda que houve falha no reconhecimento. “Sequer foi feito o reconhecimento padrão, simplesmente mostraram a foto dele para as testemunhas’, disse, ressaltando que a única prova mais concreta do crime é a filmagem e é impossível cravar que o homem que aparece no filme é o réu”.

Houve réplica e tréplica, o que levou o julgamento tarde adentro. No fim, os jurados acataram a tese acusatória e condenaram o réu, que já cumpre pena e tem em sua extensa ficha condenações por latrocínio, roubos, tráfico, porte de arma e extorsão. Pelo homicídio de 2014, Free Willy recebeu pena de 13 anos e 6 meses.

Um dos casos nos quais o acusado teve participação ganhou repercussão em Vilhena: o seqüestro do irmão de um ex-vereador na cidade (aqui). Ele também foi preso por roubo em Pimenta Bueno (aqui) e por outro assassinato (aqui).

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