A diretoria do Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos do Estado de Rondônia – Singeperon, realizou na última terça-feira (12), assembleia geral, para atualizar a categoria sobre a situação financeira da instituição, bem como eleger a nova diretoria do Conselho Fiscal, que acompanhará as ações da nova gestão para dar transparência à categoria.
Afundado em dívidas, a atual gestão do sindicato tem inúmeros problemas pela frente. De acordo com o diretor financeiro do Singeperon, policial penal, Ediney Menezes, desde o dia 05 de abril de 2022, dia em que a chapa 02 foi eleita, a antiga gestão começou a fazer situações que levantaram suspeitas. Procurada para fazer a transição de mandato e mostrar a situação que esse encontrava o sindicato, a nova gestão teve inúmeras negativas como resposta.
De acordo com a diretoria financeira da nova gestão, uma televisão foi furtada da sede do sindicato no dia 31/05, um dia antes da posse. Além disso, no último mês da antiga gestão, R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) em cheques foram preenchidos, o que levantou suspeita de má conduta por parte da gestão anterior. O diretor financeiro da antiga gestão sustou 8 cheques alegando que não tinha conhecimento dos débitos.
Segundo Ediney Menezes, a atual gestão tomou posse no dia 01 de junho de 2022, porém, só tiveram acesso às imagens das câmeras de segurança da sede do sindicato bem como as contas bancárias da instituição, no dia 15 de junho, exatamente 15 dias após a posse. Ainda segundo o diretor financeiro, a conta bancária do Singeperon estava zerada e com um saldo negativo em dívidas que ultrapassam a quantia de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais).
Com o passar dos dias, a diretoria foi tomando conhecimento de outras situações que foram aparecendo, e para a surpresa de todos, somente de cheque que foram preenchidos no último mês da antiga gestão, são eles:
02 cheques no valor de R$ 110.771,23 (cento e dez mil setecentos e setenta e um reais, e vinte e três centavos) totalizando R$ 221.542,46 (duzentos e vinte e um mil quinhentos e quarenta e dois reais e quarenta e seis centavos), referentes a obra de construção da piscina e da entrada do sindicato.
01 cheque no valor de R$ 83.670,00 (oitenta e três mil seiscentos e setenta reais) também correspondente a obra de construção da piscina e a entrada do sindicato.
01 cheque no valor de R$ 43.000,00 (quarenta e três mil reais), referente a pagamento de advogados.
01 cheque no valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) que a atual diretoria não tem conhecimento para que serviço ou compra seria pago.
01 cheque no valor de R$ 6.800,00 (seis mil e oitocentos reais) referente a gastos com alimentação.
03 cheques no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) totalizando R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para alguns membros da antiga diretoria.
01 cheque no valor de R$ 21.600,00 (vinte e um mil e seiscentos reais) que não foi compensado devido a inconsistência de assinatura no sistema do banco.
01 cheque no valor de R$ 69.500,00 (sessenta e nove mil e quinhentos reais) para pagamento de advogados e projetos da obra da piscina e da frente do sindicato.
02 cheques no valor de R$ 12.739,32 (doze mil setecentos e trinta e nove reais e trinta e dois centavos) e mais um cheque no valor de R$ 11.582,83 (onze mil quinhentos e oitenta e dois reais e oitenta e três centavos), totalizando R$ 24.322,15 (vinte e quatro mil trezentos e vinte e dois reais e quinze centavos) para pagamento de posto de combustíveis, preenchidos no mês de maio, um mês antes da posse da nova diretoria.
E uma ação trabalhista, que tramita contra o sindicato com o valor de mais de R$ 100.000,00 (cem mil reais), referente a débitos trabalhistas de uma antiga servidora.
Segundo Ediney Menezes, a nova diretoria não está para apontar erros, mas que se houver algo de ilícito, que seja apurado e que os responsáveis paguem por sua conduta.
A diretoria informou ainda que as notas fiscais de compras referentes aos anos de 2018 à maio de 2022 não foram encontradas, o que levanta suspeita, uma vez que existem comprovações arquivadas das gestões anteriores, sendo esta última gestão, a única que não apresentou nenhum arquivo ou comprovações até o momento.
De acordo com o advogado, Dr. Jeferson Furtado, devido a inconsistência de informação e nenhuma comprovação do que foi comprado pela antiga gestão, a banca de advogados que representa a nova gestão do sindicato vai entrar com uma ação solicitando para que a gestão anterior apresente às devidas notas fiscais para comprovação e transparência para o sindicalizado, que contribui mensalmente. Disse ainda que levantamentos serão realizados e havendo eventuais ilegalidades cometidas, todos os envolvidos serão acionados judicialmente.
Ainda de acordo com a nova diretoria, nenhum contrato de prestação de serviços como advocacia, contabilidade e da obra de contração da piscina, o que de acordo com Ediney Menezes, está avaliada em R$ 1.600,000,00 (um milhão e seiscentos mil reais) foi apresentado.
O sindicato atualmente está “quebrado”, sofrendo inúmeras representações judiciais devido à má gestão dos recursos pela gestão anterior, o que inviabiliza, até que tudo seja sanado, uma gestão eficaz e de crescimento em prol do seu filiado.
Veja cheques: