Permissionários da antiga rodoviária de Porto Velho ingressaram com uma ação na Justiça e protocolaram denúncias no Ministério Público, alegando terem sido injustamente excluídos da nova rodoviária. Segundo eles, o processo de seleção para os boxes foi marcado por favorecimento político, onde apenas aqueles com padrinhos de alto escalão conseguiram garantir espaço no novo terminal. Além disso, os comerciantes criticam o valor exorbitante cobrado pelo aluguel dos boxes, tornando inviável a participação de pequenos empresários sem vínculo político.
A nova rodoviária, inaugurada pela Prefeitura de Porto Velho, foi entregue antes de sua conclusão, o que gerou críticas, especialmente do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO). Os permissionários afirmam que a pressa na inauguração foi uma decisão política e que o critério para a escolha dos novos ocupantes dos boxes não foi transparente, priorizando interesses políticos em detrimento da experiência e da antiguidade dos antigos comerciantes.
Uma das permissionárias, que preferiu não se identificar, afirmou: “Quem tem padrinho político conseguiu garantir um box. Muitos de nós que trabalhamos no terminal por tanto tempo fomos deixados de lado, enquanto outros com poder político ficaram com os melhores espaços. E o preço do aluguel, é inacreditável, só quem tem apoio político pode arcar com esse custo.”
Em sua ação no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), os permissionários solicitam a revisão do processo de seleção e a concessão de espaços para os trabalhadores que já atuavam na antiga rodoviária. Eles também alegam que o custo elevado dos aluguéis impede a continuidade de seus negócios, que dependem do terminal para sua sobrevivência.
A Prefeitura de Porto Velho ainda não se pronunciou sobre as acusações, mas defende que todo o processo de seleção seguiu a legislação e que a inauguração da rodoviária foi uma necessidade para atender à crescente demanda de passageiros. O Ministério Público e o TJRO devem avaliar as denúncias e investigar se houve irregularidades no processo de concessão dos espaços, enquanto os permissionários aguardam uma solução para o impasse.