INFELIZ ANIVERSÁRIO – Fechada ao público e entregue ao setor privado, EFMM completa 111 anos

A expectativa é que após aberto o espaço ficará cada vez menos acessível ao cidadão mais humilde

Considerado o principal marco histórico do estado de Rondônia, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré – EFMM completa 111 anos nesta terça-feira (1), porém não há muito a se comemorar, uma vez que o complexo está fechado e com as chaves nas mãos do setor privado.

Publicidade

O complexo turístico da EFMM vem sendo aberto e fechado há treze anos e já consumiu aproximadamente R$ 50 milhões em obras que até o momento seguem inacabadas.

Publicidade

Porém, mesmo fechado a população de Porto Velho, o espaço já foi cedido para eventos privados e inclusive está com o museu concluído há vários meses, como aponta imagens coletadas pela reportagem do JH Notícias.

No ano passado, vendaval arrastou placas de alumínio que estavam montadas nos trilhos da ferrovia

A prefeitura de Porto Velho já afirmou em nota que a responsabilidade pela abertura do complexo turístico da EFMM é da empresa Amazonfort, concessionária do local.

O fim do sonho de muitos rondonienses em poder desfrutar do passeio turístico da Ferrovia do Diabo, que ia da praça da Madeira Mamoré até a igreja de Santo Antônio, é o outro ponto triste nesse aniversário da EFMM.

Informações coletadas pela reportagem dão conta de que a Santo Antônio Energia, responsável pelo investimento milionário desta última reforma através de compensação socioambiental chegou a realizar um levantamento para orçar os custos da retomada desse passeio, mas parou por aí.

Museu já está concluído, mas segue fechado

Nem mesmo os passeios de barco, tradicional na orla da praça turística, serão mantidos no local.

A expectativa é que após aberto à sociedade, o local se torne cada vez mais “elitizado” com restaurantes e quiosques cobrando preços elevados por conta do aluguel acima de qualquer cotação dentro da cidade de Porto Velho, além de acesso a estacionamento caro, o que irá afastar cada vez mais o cidadão comum de um espaço que sempre foi de todos.