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PESQUISA – Rondônia tem a terceira gasolina mais cara da região Norte, aponta ANP

O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 17 de maio, abrangendo 37 postos de gasolina aditivada e 18 postos de etanol em diversas cidades de Rondônia

Rondônia segue entre os estados com os combustíveis mais caros da Região Norte do Brasil. De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina comum no estado ficou em R$ 6,97 por litro — o terceiro maior da região, atrás apenas do Acre (R$ 7,62) e Amazonas (R$ 7,12).

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O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 17 de maio, abrangendo 37 postos de gasolina aditivada e 18 postos de etanol em diversas cidades de Rondônia. Os dados revelam um cenário preocupante para os consumidores, que enfrentam preços elevados também em outros combustíveis, como etanol e diesel.

Etanol também é caro

O etanol hidratado, muitas vezes considerado uma alternativa mais econômica, também apresentou valores altos no estado. O litro foi vendido por uma média de R$ 5,05, com preços variando entre R$ 4,82 e R$ 5,99. Para comparação, importantes estados produtores como São Paulo e Mato Grosso comercializaram o mesmo combustível a R$ 4,10 e R$ 3,97, respectivamente.

No Norte, o preço do etanol também se destaca negativamente em estados como Amazonas (R$ 5,48), Acre (R$ 5,41) e Amapá (R$ 5,37).

Diesel segue tendência de preços altos

O óleo diesel também acompanha a tendência de preços elevados na região. No Acre, o litro atinge R$ 7,61, seguido por Amazonas (R$ 6,86) e Roraima (R$ 6,85). Em Rondônia, a média registrada foi de R$ 6,65 por litro.

Logística e importações elevam o custo

Segundo o economista Otacílio Moreira, um dos principais fatores que encarecem os combustíveis na região é a logística de transporte. “A nossa Amazônia, que é bastante isolada do restante do país, depende do petróleo vindo de outros estados brasileiros e até de outros países. Esse combustível é mandado para uma refinaria em Manaus e depois distribuído para outras regiões, o que impacta o preço final”, explicou.

O Sindipetro (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural) acrescenta que os custos médios das distribuidoras na Região Norte estão entre os mais altos do país, mesmo antes da adição do lucro das empresas e do frete fluvial. “Boa parte dos combustíveis consumidos no Norte é importada e precisa ser transportada por vias fluviais. Esse tipo de operação, além de demorada, envolve riscos e custos elevados, o que encarece ainda mais o produto final”, afirma a nota do sindicato.

Com o avanço do custo de vida e a manutenção de preços elevados nos combustíveis, a população de Rondônia segue pressionada, e o tema deve permanecer no centro dos debates econômicos e sociais da região.

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