Os moradores de Porto Velho estão enfrentando um período crítico devido à falta de chuvas que já se estende por mais de 80 dias. Desde o dia 25 de maio, a capital de Rondônia não registra precipitações, agravando ainda mais os problemas ambientais e de saúde na região. A crise hídrica que atinge o rio Madeira e o calor intenso são apenas algumas das dificuldades enfrentadas pelos moradores.
De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a última chuva na cidade ocorreu há 81 dias, em 25 de maio. Desde então, a seca tem dominado o cenário, contribuindo para o aumento das queimadas, muitas delas de origem criminosa, tanto em áreas urbanas quanto rurais. As queimadas têm gerado uma densa nuvem de fumaça que paira sobre a cidade, piorando ainda mais a qualidade do ar e tornando a vida dos porto-velhenses ainda mais difícil.
O calor extremo é outro fator que não dá trégua aos habitantes da capital. Para esta quinta-feira (15), a previsão é de temperaturas na casa dos 35°C, com ventos fracos e nenhuma possibilidade de chuva, conforme apontam os meteorologistas. A falta de alívio térmico, somada à baixa umidade do ar, que se encontra em níveis críticos, tem causado desconforto e preocupações com a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
A crise hídrica também afeta diretamente o rio Madeira, um dos principais recursos hídricos da região. Na última terça-feira (13), o nível do rio foi registrado em pouco mais de 2 metros na área central de Porto Velho, indicando um dos períodos mais severos de estiagem dos últimos anos. A situação é preocupante, pois o rio Madeira desempenha um papel crucial no abastecimento de água e no transporte fluvial, além de ser vital para a biodiversidade local.
Enquanto os moradores de Porto Velho aguardam por chuvas que possam aliviar a crise, a população precisa lidar com as adversidades diárias, incluindo o aumento de problemas respiratórios causados pela fumaça das queimadas e as dificuldades associadas à seca extrema. As autoridades locais seguem monitorando a situação, mas a previsão de retorno das chuvas ainda é incerta.