Donos de postos de combustíveis de Porto Velho e outras cidades de Rondônia estão denunciando uma grave situação de concorrência desleal que tem prejudicado suas operações. Apesar de pagarem seus impostos corretamente e manterem suas empresas com uma margem de lucro média de 10% sobre o preço final dos combustíveis, os empresários enfrentam dificuldades cada vez maiores devido a um esquema que envolve a compra ilegal de gasolina com preços reduzidos em Guajará-Mirim, uma Zona Livre de Comércio.
O esquema funciona com caminhões, alguns disfarçados, comprando gasolina em Guajará-Mirim, onde os combustíveis são vendidos com descontos significativos devido a isenções fiscais. Embora esses combustíveis devam ser comercializados apenas em Guajará-Mirim, a falta de fiscalização permite que as notas de compra sejam “esquentadas”, permitindo que o produto seja trazido ilegalmente para Porto Velho e cidades vizinhas. Como resultado, postos de combustíveis que adquirem esse produto ilegal conseguem vender a preços muito abaixo do mercado, prejudicando os revendedores que operam dentro da legalidade.
Os empresários locais estão clamando por uma ação urgente das autoridades para combater essa prática. Embora haja fiscais da Secretaria de Finanças (Sefin) na região, eles enfrentam dificuldades em realizar seu trabalho sem o apoio da Polícia Militar, especialmente durante a noite. Os comerciantes que operam de forma legal exigem medidas efetivas para coibir esse contrabando interno e restabelecer a concorrência justa no mercado de combustíveis de Rondônia.