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Usando foto de militar americana, estelionatária tenta envolver rondoniense em golpe de 26 milhões de dólares

Comerciante acredita que a vítima americana nem saiba o que está acontecendo

Através do Linkedin, aplicativo usado para quem deseja apresentar currículos profissionais em empresas, uma golpista aparentemente internacional conseguiu fazer contato com o comerciante Juliano Andrade, 33 anos, de Vilhena.

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Em conversa com o FOLHA DO SUL ON LINE, Andrade revelou que os contatos iniciais foram feitos por e-mail, e em inglês, há cerca de duas semanas. Ele precisou usar uma ferramenta do Google para ler e responder as mensagens. A história contada pela mulher é impressionante…

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Identificando-se como Nina Fowler, militar americana em missão no Afeganistão, a golpista disse que, combatendo grupos terroristas naquele país, ela e os colegas encontraram uma fortuna em dólares. O comandante teria dividido a fábula entre os soldados, recebendo cada um U$ 26 milhões.

O dinheiro, argumentou a suposta militar, teria sido depositado num banco da Turquia, e ela precisava do vilhenense para gerir o investimento milionário a ser aplicado provavelmente no Brasil.

O golpe era tão sofisticado que o representante de um grupo de investidores também entrou em contato com Juliano, para garantir que a fortuna existia.

Andrade revela que, desde o começo dos contatos já sabia que se tratava de um golpe, mas que resolveu continuar a conversa com os golpistas para ver até onde iria finalizar toda a trama.

Foi quando o vilhenense pediu que a pessoa identificada como Nina Fowler lhe enviasse uma foto ou um vídeo para poder conhecer melhor com quem estaria falando. A pessoa obviamente se recusou a enviar,  alegando que não poderia fazer, pois estava em trabalho e não tinha privacidade pra isso.

Juliano questionou a alegação. Foi quando os golpistas, o bloquearam no Twitter, onde as conversas estavam ocorrendo

Desconfiado, o vilhenense pesquisou o perfil de Nina no Facebook e no Instagram, e constatou que a mulher de fato e existe e serve ao Exército dos EUA.

Porém ao contar a ela que havia visitado seu perfil nessas redes sociais, a mulher reagiu e disse que isso não deveria ser feito novamente. “Ela disse que é monitorada pelo Exército. Acho que a tal Nina, que é real, nem sabe que estão usando o nome e a foto dela”.

A conversa com Juliano foi encerrada antes mesmo de ele receber uma apólice de seguro, que deveria pagar, para ter acesso à quantia milionária. “Mas resolvi alertar, porque eles podem estar tentando fazer outras vítimas em Vilhena”.