TRIBULAÇÃO
A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) vive um momento de profunda crise institucional, marcada por disputas de poder, falta de representatividade e a completa desconexão com os interesses dos municípios que deveria representar.
DESTITUIÇÃO
O recente episódio de espionagem e os arranjos para “derrubar” o seu presidente apenas escancaram a fragilidade e a inoperância de uma entidade que há anos vem sendo criticada por sua irrelevância prática e pelos constantes jogos políticos internos.
FORA DE CONTEXTO
A situação chega a um nível tão absurdo que a presidência da associação já esteve nas mãos de alguém que jamais conquistou um único voto sequer para vereador, evidenciando como o comando da entidade não se baseia na representatividade popular, mas sim em arranjos de bastidores e interesses particulares.
DESGARRADOS
A AROM, que deveria ser uma força de apoio aos municípios rondonienses, tornou-se um palco de intrigas, onde prefeitos, muitas vezes alheios aos verdadeiros problemas de suas cidades, são usados como peças em um tabuleiro de influências.
CAPENGAS
Enquanto isso, os municípios seguem enfrentando dificuldades estruturais, carência de recursos e falta de articulação política eficaz.
INÉRCIA
Em vez de atuar como um escudo em defesa dos interesses locais, a AROM se vê paralisada por disputas internas e decisões questionáveis, que mais servem para satisfazer egos do que para melhorar a vida da população rondoniense.
ARRANJO
O episódio para defenestrar o atual presidente, Hildon Chaves, não é um caso isolado, mas sim um reflexo de um sistema viciado, onde a representatividade é apenas um detalhe.
INADIMPLENTES
Prefeitos que deveriam primeiro dar exemplo de adimplência – estão atrasados com mensalidades – articulam para tentar deixar o poder nas mãos de poucos e inexpressivos gestores.
DÚVIDA
A pergunta que fica é: até quando essa entidade continuará existindo apenas para alimentar sua própria burocracia, sem cumprir seu real propósito?
FILME
Se formos analisar o histórico da AROM teremos a premissa perfeita para um thriller político cheio de tensão, conspirações e traições.
JABUTI
Uma organização burocrática, desacreditada e lenta, que deveria zelar pelos interesses de seus membros, mas se tornou um campo de batalha para disputas internas.
QUEDA
A tentativa de derrubar um presidente eleito dentro dessa entidade não seria apenas um ataque a uma liderança específica, mas um reflexo da luta por poder e influência entre diferentes facções que operam nos bastidores.
PRIVADO
O levante golpista contra o ex-prefeito de Porto velho, Hildon Chaves, é considerado consistente diante de atos “estranhos”. Há uma Assembleia Geral Extraordinária, por exemplo, marcada para hoje no escritório do advogado Nelson Canedo, que atenderia aos interesses dos prefeitos rebelados.
TUTORIA
O grupo de prefeitos, sem o respaldo de ampla maioria dos associados da AROM, convocou a Assembleia Geral Extraordinária com o objetivo de destituir o atual presidente do Conselho e toda a diretoria da associação, além de eleger novos membros em seu lugar.
LEGALIDADE
A legalidade e legitimidade do edital de convocação deixa dúvidas, uma vez que não irá ocorrer na sede oficial da AROM ou em um espaço público, como a OAB, por exemplo.
JUSTIFICATIVA
Os prefeitos que organizaram o levante, sustentam no edital, motivos como “falta de transparência” e “descumprimento de obrigações estatutárias” para justificar a destituição do atual presidente.
CONTRAPONTO
Lideranças municipais afirmam que essa justificativa não se sustenta juridicamente e afirmam que o verdadeiro propósito é o controle político da entidade.
ESPIONAGEM
Durante manutenção de câmeras de segurança na sede da Associação Rondoniense de Municípios, foi descoberta uma sofisticada escuta.
AUTOR
Em conversa com o presidente, Hildon Chaves, uma importante funcionária da entidade, contratada em 2021, teria confessado ter instalado o equipamento.
MEDIDA
Após a confissão, na presença de um advogado e contador da AROM, Chaves demitiu a funcionária sem justa causa. Não foi possível saber há quanto tempo existia a escuta.
INSATISFAÇÃO
A crise na AROM teria iniciado após a demissão de 10 funcionários apadrinhados por um grupo de onze prefeitos. Alguns salários seriam superiores a maioria dos salários pagos a prefeitos.
GESTÃO
O presidente Hildon Chaves, disse que recebeu a AROM com mais de R$ 2, 5 milhões em dívidas e estaria trabalhando para o saneamento da entidade. Até o meio do ano, ele promete zerar as dívidas e deixar em caixa mais de R$ 1 milhão.
OUTRO LADO
O advogado Nelson Canedo informou que apenas cedeu a sala de reunião do seu escritório, sem nenhum custo para os prefeitos.
OUTRO LADO 2
Canedo destaca que os prefeitos teriam pedido a estrutura da Arom para realizar a assembleia, mas até a publicação do edital não teria sido dada nenhuma resposta.
DIREITO DE RESPOSTA
O advogado Bruno Valverde, contratado da AROM, e citado como ausente na entidade, na coluna de segunda-feira, informou que dá expediente normal na sede da associação dos prefeitos.
PERSEGUIÇÃO
Valverde disse que também sofre perseguição por parte dos prefeitos rebelados, que estariam tentando colocar outro escritório de advocacia para atender a entidade.
FRASE
Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.