Uma ocorrência alarmante mobilizou a Polícia Militar em Vilhena (RO) nesta semana. Alunos da Escola Estadual Maria Arlete Toledo, no bairro Florença, foram flagrados consumindo bebidas alcoólicas dentro da sala de aula, fato confirmado pelos próprios adolescentes após a chegada dos policiais. O caso resultou na prisão de um comerciante local acusado de vender o produto a menores de idade.
Segundo o boletim de ocorrência, a direção da escola acionou a PM após suspeitas de que estudantes estariam ingerindo vodca durante as aulas. No local, os policiais abordaram três adolescentes, duas meninas e um garoto, que confirmaram estar bebendo e revelaram que adquiriram a bebida em uma mercearia próxima à escola, no mesmo bairro. As adolescentes relataram ainda que camuflaram a garrafa para entrar com ela na instituição sem serem percebidas.
Além dos três jovens inicialmente identificados, outros alunos também participaram do consumo da bebida alcoólica dentro da sala. Uma das garotas, de apenas 15 anos, surpreendeu os agentes ao afirmar que costuma beber com frequência e que sua mãe tem conhecimento desse hábito, revelando uma situação preocupante de possível negligência familiar.
A polícia então se dirigiu até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) para localizar o responsável pelo comércio onde a vodca foi adquirida. O comerciante confirmou a venda e apresentou imagens das câmeras de segurança que registraram a presença dos adolescentes no local, confirmando que os mesmos adquiriram a bebida alcoólica.
Diante das evidências, o homem foi preso em flagrante por fornecer bebida alcoólica a menores de idade, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele foi conduzido à delegacia, onde permanece à disposição da Justiça.
O caso acende um alerta para a falta de fiscalização no comércio local e para a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso por parte das famílias e das escolas, a fim de evitar situações que coloquem em risco a saúde e o desenvolvimento de crianças e adolescentes. As investigações seguem para apurar a responsabilidade dos envolvidos e eventuais falhas na proteção dos menores.