Um adolescente de 13 anos deu um tapa no rosto de um professor, na Escola Estadual Prof Maria Esther Peres, em Vila Rica (1.259 km de Cuiabá). A agressão ocorreu durante uma atividade de jogos escolares. O caso acabou parando na polícia.
A agressão ocorreu na última terça (05). O professor era o responsável por fiscalizar os alunos durante um jogo. Contudo, ao passar pela arquibancada, levou um tapa no rosto do adolescente, sem nenhum motivo aparente.
Após o tapa, o menor correu pela quadra em direção a um corredor, e só foi parado quando vários professores interviram. Essa não seria a primeira vez que o aluno tem comportamentos agressivos. O adolescente é recorrente em atitudes indesejadas e desrespeitosas.
O professor e o adolescente foram conduzidos à delegacia. O menor foi intimado a retornar na presença dos responsáveis. O conselho tutelar também foi acionado.
A escola emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso:
A escola Maria Esther Peres é uma instituição acolhedora e não faz seleção de estudantes, diante desse pressuposto temos uma clientela diversa, atendemos a sociedade em geral, desde estudantes regulares no Ensino Fundamental e Médio, EJA, Educação do Campo, e dentre estes há adolescentes infratores, sem falar do Ensino Prisional. Inclusive, pela legislação vigente temos que receber alunos, os quais por ventura tenham recebido a transferência escolar compulsória devido o número de infrações acumulativas em outras instituições que não seguem o mesmo regime que o nosso.
“Recebemos todos os estudantes sem distinção”
Hoje atendemos 1350 estudantes, e ao analisar o perfil deles podemos ver os desafios de uma sociedade em crise, em que a educação pública fica à mercê do descaso por parte do poder público e por uma parcela considerável da sociedade que insistem em atacá-la. A equipe gestora e a equipe pedagógica não medem esforços para mitigar ações como essas, mas, infelizmente, tais situações ocorrem em todos os espaços escolares. Ressalta-se que sempre são tomadas as devidas providências em consonância com o Regimento Interno Escolar, em conjunto com Gestão e CDCE (Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar). Não podemos simplesmente expulsar o estudante de maneira deliberada, todos os procedimentos em nossa escola seguem base legal
Lamentamos o ocorrido, e que fique bem claro que fatos isolados como o ocorrido recentemente não representam o trabalho e o comprometimento dessa instituição de ensino frente à comunidade de Vila Rica
Nesta semana, tivemos o início da etapa dos Jogos Escolares Interclasses, ação que poderia haver divulgação.
A escola desenvolve vários projetos dentre eles, o Encontro Científico, Simulado e preparação para avaliações externas, Festival de Teatro e Cultura com a família na escola (FESTMEP), Projeto de Jogos Escolares e Estudantis, Projeto Resgatando Valores, Projeto Saúde na Escola, além de projetos específicos por disciplina ao longo do ano.
Onde será que está o foco? Precisamos é de uma sociedade que lute em prol de uma educação inclusiva, em vez de atacar os que estão todos os dias na linha de frente da educação pública, sendo desvalorizados e descredibilizados por setores públicos e parte da sociedade.