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Bolsonaro sobre congelar salário de servidores: “Menos traumático”

Presidente está em agenda pelo Nordeste e responsabilizou PT, governadores e prefeitos pela crise econômica atual

Durante agenda em Salgueiro (PE) na manhã desta terça-feira (8/2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a citar o congelamento dos salários dos servidores públicos em razão da pandemia e disse que o governo federal adotou as medidas menos traumáticas para superar a crise.

“Tivemos dificuldades. Naquele momento, a proposta que veio do ex-presidente da Câmara [Rodrigo Maia] era cortar 25% o salário de todo mundo para poder enfrentar a pandemia. A outra proposta do nosso lado, porque algo amargo tinha que acontecer para atingir os nossos objetivos, foi congelar o salário por um ano e meio”, disse em discurso na inauguração de um trecho da obra de transposição do rio São Francisco no município pernambucano. “Fizemos o menos traumático, fizemos o que foi possível fazer”, completou.

Pressionado para conceder reajustes, o mandatário tem dito que vai atender os servidores públicos federais no Orçamento de 2023. Em recado ao funcionalismo, o mandatário pediu compreensão quanto à situação que o país ainda atravessa e sinalizou que o reajuste deverá vir apenas no próximo ano.

Em janeiro, Bolsonaro sancionou verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores no Orçamento de 2022, mas não carimbou os recursos para categorias específicas. O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo.

Depois de ter feito aceno aos policiais, que compõem sua base eleitoral, outras categorias têm demandado reajustes mais amplos.

No discurso proferido nesta terça, em tom de campanha, Bolsonaro aproveitou para criticar gestões petistas e citou desvios de verba pública na Petrobras, no BNDES e na Caixa Econômica Federal.

Agenda no Nordeste
Bolsonaro está cumprindo roteiro de dois dias pela Região Nordeste. O mandatário do país visita três unidades federativas: Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

As viagens, anunciadas com semanas de antecedência, são parte de um movimento do chefe do Executivo nacional de se aproximar da região que mais o rejeita, de acordo com as pesquisas.

O Datafolha de dezembro de 2021 mostrou Bolsonaro com 17% de intenções de voto no Nordeste, ante 61% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Nordeste é a única região em que Bolsonaro foi derrotado por Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2018. Na ocasião, conquistou 30% dos votos, enquanto o petista teve 69%. Em campanha pela reeleição, o titular do Planalto busca conseguir mais apoio na localidade, reduto eleitoral do ex-presidente Lula.

Acompanham a agenda desta terça os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Gilson Machado (Turismo), João Roma (Cidadania) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

Próximas agendas
Depois de Salgueiro, Bolsonaro segue para Jati (CE), para vistoria na barragem Jati e das obras de retomada da liberação das águas para o Cinturão das Águas do Ceará. O empreendimento não recebe água do São Francisco desde maio de 2021 por causa de problemas de manutenção.

De Jati o chefe do Executivo se dirige para o município de Caicó (RN), onde vai pernoitar de terça para quarta-feira (9/2). O Rio Grande do Norte é o reduto eleitoral de dois de seus ministros: Rogério Marinho (PL), do Desenvolvimento Regional, e Fábio Faria (PSD), das Comunicações. Os dois disputam candidatura bolsonarista ao governo do estado.

Na primeira agenda, Bolsonaro vai vistoriar as obras da Barragem de Oiticica, a porta de entrada das águas do São Francisco no estado. A estrutura vai garantir o abastecimento de 330 mil pessoas em oito cidades potiguares.

Também será assinada ordem de serviço para a segunda etapa de obra de pavimentação na cidade de Jucurutu (RN), interligando a sede do município ao distrito de Serra de João do Vale. Segundo o governo, o investimento será de R$ 6,9 milhões.

Na sequência, o presidente vai a Jardim de Piranhas para acompanhar a chegada das águas do rio São Francisco ao Rio Grande do Norte. As obras desse trecho foram inciadas há mais de 13 anos.

Apoiadores do presidente organizam ainda uma “jegueata”, espécie de passeio de jegue aos moldes das motociatas, para recepcioná-lo no estado. Ainda não há detalhes oficiais sobre a iniciativa.

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