Eike Batista é condenado a 30 anos de prisão na Lava Jato

O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, no processo em que é acusado de pagar propina de U$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral, em 2011, por meio de uma operação fraudulenta.

Publicidade

A denúncia, resultado das operações Eficiência e Calicute, desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, havia sido encaminhada ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, em janeiro do ano passado.

Publicidade

Bretas ainda determinou que o ex-bilionário pague multa de R$ 53 milhões. “A arquitetura criminosa foi engendrada pela própria empresa (de Eike), sendo de muito difícil detecção para os órgãos de investigação, e não por acaso durante muitos anos o condenado logrou evitar fossem tais esquemas criminosos descobertos e reprimidos. Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situação financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir”, justifica o magistrado na sentença.

No mesmo processo, Cabral também foi condenado a mais 22 anos e oito meses de prisão, por corrupção passiva, além da mulher dele, Adriana Ancelmo, a mais 4 anos e seis meses. “A culpabilidade é elevada, pois Sérgio Cabral foi o principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados. Mercantilizou a funções públicas obtidas meio da confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer”, escreveu Bretas sobre o ex-governador.

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, de O Globo, o juiz ainda destacou que “os elementos de provas são mais que suficiente para caracterizar os delitos de corrupção passiva, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas perpetrados pelos acusados”.