Jovem com 60% do corpo queimado em escola é internada novamente

Annelise Lopes, de 16 anos, recebeu alta no início do mês, depois de mais de 60 dias internada, mas vinha sofrendo com os curativos em casa

A jovem estudante Annelise Lopes, de 16 anos, que teve 60% do corpo queimado durante experimento de química na escola, voltou a ser internada nesta quarta-feira (23/2), na capital goiana. Segundo a mãe da adolescente, Diolange Carneiro, a filha vinha sofrendo com fortes dores, especialmente na troca de curativos, e está emocionalmente abalada.

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Annelise se queimou no final de novembro e ficou mais de 60 dias internada no Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugol), chegando a ficar intubada na unidade de terapia intensiva (UTI). Ela recebeu alta no dia 3/2, mas a recuperação não ocorreu como a família esperava.

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“Teve que internar novamente, porque as feridas dela estão muito extensas. Hoje, o médico veio e analisou ela. Ele tomou a decisão de que ela não podia continuar em casa do jeito que ela estava. Ela ainda está muito debilitada fisicamente e emocionalmente. Ele achou melhor interná-la para fazer os curativos no centro cirúrgico”, relatou a mãe ao jornal.

A partir de agora, a troca de curativos de Annelise será feita com uso de anestesia para evitar que ela sinta dores e sofra com toda a situação. Segundo Diolange, o psicológico da filha “não está aguentando mais”. Para a mãe, foi melhor o retorno para o hospital, porque assim ela poderá ser cuidada devidamente e ficará bem.

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Annelise chegou a fazer duas cirurgias de enxerto de pele, antes de receber alta médica. Os procedimentos serão reavaliados pela equipe médica e existe a possibilidade de que ela precise refazê-los, pois as feridas no corpo da jovem seguem grandes, de acordo com a mãe.

Caso ocorreu em escola de Anápolis
O acidente durante o experimento de química ocorreu no dia 30 de novembro nas dependências de uma escola estadual em Anápolis, a 55 Km de Goiânia. Annelise estava com mais três colegas, na hora do ocorrido. O grupo pretendia fazer um vídeo para um trabalho escolar. A ideia era filmar o experimento chamado “fogo invisível”.

À época, a direção do colégio alegou que os alunos foram autorizados a usar uma sala de aula para fazer o trabalho, mas não informaram que utilizariam álcool. No decorrer do procedimento, houve uma explosão e o fogo atingiu rapidamente o corpo da jovem. Durante o período de internação, Annelise passou 24 dias na UTI.