No último dia 5, um ataque com drones durante uma cerimônia de formatura em uma academia militar na província síria de Homs resultou em pelo menos 89 mortes, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades do país. Um balanço anterior indicava 70 vítimas fatais.
O Ministério da Saúde sírio divulgou que o número de vítimas aumentou para 89, incluindo 31 mulheres e cinco crianças, com 277 pessoas feridas. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, elevou o número de mortos para 123, incluindo 54 civis.
Os funerais das vítimas começaram, contando com a presença do ministro da Defesa sírio, Ali Mahmoud Abbas. O governo sírio declarou três dias de luto em memória dos civis e soldados falecidos.
O ataque, cuja autoria ainda não foi reivindicada, gerou preocupação internacional. O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou profunda preocupação com os “bombardeios de retaliação” em várias partes da Síria, incluindo o ocorrido em Homs.
O governo sírio controla Homs desde 2014, quando os insurgentes se retiraram do centro da cidade após um acordo de trégua mediado pela ONU. O ataque é considerado um revés significativo para o presidente Bashar al-Assad, que busca maior protagonismo internacional após a suspensão de vetos por vários países.