Tragédia no Marrocos: Número de mortos em terremoto chega a quase 2.500

Este terremoto foi o mais poderoso já registrado no país desde o início dos registros modernos e teve um impacto significativo em uma região densamente povoada.
Jovem carrega móvel no dia 11 de setembro de 2023 em vilarejo nos arredores de Talat N'Yaaqoub, no Marrocos, destruído por terremoto — 📷: Hannah McKay/Reuters

O Ministério do Interior do Marrocos divulgou um novo balanço nesta segunda-feira (11), elevando o número de mortos no poderoso terremoto que abalou o país na semana passada para 2.497. O tremor, considerado um dos mais devastadores dos últimos anos em todo o mundo, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8), com uma magnitude de 6,8, de acordo com os serviços geológicos dos Estados Unidos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.

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Este terremoto foi o mais poderoso já registrado no país desde o início dos registros modernos e teve um impacto significativo em uma região densamente povoada. Além das vítimas fatais, cerca de 2.476 pessoas ficaram feridas, conforme informou o ministério marroquino, e ainda há centenas de desaparecidos.

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O balanço anterior de mortes, divulgado no domingo (10), indicava 2.122 óbitos. Moradores locais relatam que ainda estão ocorrendo tremores secundários.

As operações de busca e resgate continuam em andamento, com centenas de equipes de resgate de Marrocos e de outros países concentrando esforços principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto. Militares do Reino Unido, Espanha, Emirados Árabes Unidos e Catar estão no país com equipamentos avançados de busca, incluindo microcâmeras para inspecionar os escombros.

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Um dos principais desafios enfrentados pelas equipes de resgate é a natureza das construções na região afetada, muitas das quais são feitas de materiais como barro, pedra e madeira rudimentar. Essas estruturas colapsaram durante o terremoto, tornando difícil a localização de sobreviventes, já que muitas vezes não há espaços vazios entre os escombros.

A ajuda internacional tem enfrentado obstáculos devido à demora do governo marroquino em aceitar ofertas e oficialmente solicitar assistência, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Até o momento desta atualização, o Marrocos ainda não havia enviado uma solicitação oficial de ajuda humanitária, o que é necessário para que as agências da ONU possam enviar equipes.

Rabat afirmou que está avaliando as ofertas de ajuda para coordenar as operações de assistência de maneira eficaz. O país decretou três dias de luto nacional no sábado (9), e líderes de todo o mundo expressaram condolências a Rabat.

Apesar das tensões políticas, a Argélia, vizinha do Marrocos e em conflito com o país, abriu seu espaço aéreo, que estava fechado há dois anos, para permitir a passagem de aviões transportando ajuda humanitária e resgatando feridos. O Banco Mundial também se comprometeu a oferecer todo o apoio necessário ao Marrocos.

Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS