O dilema do governo e sociedade brasileira, Plata ou Plumo, ou seja, como o Brasil vai ser gerido. Nos últimos anos da democracia acompanhamos o governo da plata, ou seja, compra de apoio parlamentar, para o chefe do executivo governar ou do plumo governos de ditadura.
Exemplos da república da plata e como funciona:
FCH, apoio parlamentar, para reeleição;
Lula e o mensalão;
Dilma e o Petrolão.
Deslumbra no horizonte do povo brasileiro a falsa imagem de que não há outra forma de se governar em uma democracia, sem a corrupção da compra de apoio parlamentar, para que haja a governabilidade.
Mas este modelo de República Plata é economicamente inviável, pois se torna caro demais e desenvolve impactos na economia, que reflete na vida cotidiana de todos nós, na forma de inflação e de impostos.
O combate contra a corrupção e a crise de representatividade política desenvolvido pela sociedade brasileira em 2013, atingiu seu ápice em 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Porém não parou nela, se alastrou e demonstrou que empresas ligadas ao governo e a políticos eram o governo do país. Assim a crise política e econômica nos assombra.
Do desespero surge uma esperança, se pede uma mão firme e incorruptível, gritam Bolsonaro 2018. Seu projeto de Governo inclui apenas não ser corrupto, não comprar nem vender seu poder político. Simples e objetivo, em meio a situação complexa de governar a diversidade e desigual sociedade brasileira.
Porém este projeto firme e duro, para o reestabelecimento de uma moral e de um tipo de ordem, em uma democracia parlamentar de presidencialismo de coalisão, provavelmente não será possível, como os entusiastas do Messias Bolsonaro desejam. Assim se eleito desiludirá primeiramente seus seguidores.
Pois a governabilidade se dá através de alianças políticas com o congresso nacional o que lhe deixará em uma posição de centro, caso não se alie se tornará em uma ilha sem governabilidade.
Então não existe saída para o Brasil fora a República da Plata? Uma possibilidade é pelo plumo, um governo ditador sem congresso nacional, mas isso já experimentamos ao longo de nossa história.1937-1945 e outra de 1964-1984 e os resultados não foram aceitos por todos.
Mas não estamos apenas na polarização da plata ou plumo, 2018 trará uma nova possibilidade com o fim do financiamento de campanhas políticas por empresas, novas candidaturas poderão se igualar no pleito, novos representantes sem amarras pré-eleitorais e vícios políticos, poderão assumir a república e restaurar sem o plumo e sem a plata e construir um projeto de nação onde caibam as diversidade e desigualdades, para igualar sem descaracterizar.
Essa mudança inicia pelo eleitor, porém esta resposta só será possível em 2018 se nossa democracia viver até lá, pois o desespero tem criado o duplo faccionismo eleitoral, que de um lado desenvolveu a narrativa do defensor da classe trabalhadora honesta vítima das vítimas da sociedade e outro faccionismos dos defensores das vítimas, onde os dois estão apenas desenvolvendo e ampliando seus currais eleitorais, no lugar mais propício, para isso no desespero da raiva ou da necessidade.
Nós precisamos renascer da corrupção promovida pela pacifica plata e da violência eficaz e silenciadora criado pelo plumo. A democracia é pedagógica só se aprende nos erros da plata ou do plumo.
Fonte: Portovelhando