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BRIGA HISTÓRICA – Conselho católico pede socorro do Governo aos índios de Rondônia

Um indígena afirmou que políticos rondonienses mentem ao alegar que os índios querem grandes áreas

O arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, no Sínodo da Amazônia — Foto: Divulgação/Guilherme Cavalli/Cimi

Vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, emitiu uma moção de repúdio exigindo que o Governo Brasileiro tome uma iniciativa para a desintrusão e demarcação dos territórios indígenas do estado de Rondônia, durante a sua 25º Assembleia Geral ocorrida nesta última semana no estado de Goiás.

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O arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, é um dos membros do CIMI.

De acordo com o CIMI, o cenário dos últimos quatro anos fez Rondônia ficar entre os estados com o maior número de desmatamento e queimadas, sendo que grande parte dessas agressões ambientais está ocorrendo em áreas de proteção ambiental e territórios indígenas.

“Todas as terras indígenas demarcadas são acometidas por alguma forma de agressão – como invasões possessórias com derrubadas e queimadas, de madeireiros, garimpeiros caçadores e pescadores ilegais”, afirmou a entidade.

Ainda segundo o conselho, existem invasões seguidas em Rondônia dentro de áreas onde ainda existem índios que vivem isolados, isso, além do avanço do agronegócio nas terras demarcadas.

Durante a Assembleia Geral, um indígena da região de Seringueiras chegou a afirmar que políticos rondonienses mentem ao alegar que os índios pleiteiam grandes áreas de terra perante a sua pequena população.

“Nós não queremos o município de Seringueiras inteiro como os políticos e fazendeiros falam por aí. Nós estamos lutando e queremos uma pequena parte da terra, que sempre foi nossa. Não queremos nada de ninguém”, disse o indígena que não quis revelar a sua identidade.

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