Uma aventura que terminou em vexame nacional, assim pode ser definida a frustrante tentativa da equipe do Real Ariquemes em participar da elite do futebol feminino brasileiro em 2023.
A “pá de cal” foi o protesto das jogadoras nesta última segunda-feira (12) que evitaram entrar em campo dando a vitória por W.O ao time do Santos (SP), que viajou mais de três mil quilômetros para não jogar.
O protesto foi por conta da falta de pagamento dos salários há mais de dois meses e foi encabeçado pela experiente jogadora Gabi Lira, que já passou por clubes como Palmeiras e o próprio Santos.
De acordo com Gabi Lira, “Hoje a gente não entrou em campo, não por conta dos salários, mas para as próximas gerações saber que o futebol feminino tem seus direitos e que não se pode mais brincar com isso”.
Empolgado com o título estadual da equipe masculina em 2022, o Real Ariquemes naufragou em 2023. É muito provável que o clube seja punido pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF em uma tentativa de moralizar a gestão do futebol feminino e evitar que novos casos como esse aconteçam.
Até o momento, a Federação de Futebol de Rondônia – FFER, sob a tutela de Heitor Costa, não se manifestou sobre o caso. Ironicamente, no site oficial da FFER já foi divulgado as inscrições para o campeonato estadual feminino de futebol com uma foto da equipe do Real Ariquemes.
