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Sobre o suposto deputado de Rondônia interceptado pela esposa em boate gay na Capital

Ultimamente a vida privada de autoridades, especialmente aquelas ligadas à atividade político-eleitoral, tem se confundido reiteradamente com a seara pública de suas respectivas existências.

E, muito embora existam complicações de ordem particular, é preciso falar a respeito do último episódio veiculado pela imprensa rondoniense.

Nesta quarta-feira (12), o site Painel Político, comandado pelo jornalista Alan Alex, jogou uma bomba de efeito moral nos meandros do Legislativo.

Um deputado teria sido flagrado numa boate gay na madrugada de hoje, que, concidentemente, é Dia dos Namorados. Se é estadual ou federal, não vem ao caso.

Para piorar a situação do flagranteado, a amada, furiosa – e com razão –, acabou arranhando o veículo do “acompanhante” do marido. Não satisfeita, a moça teria dado uns sopapos no garanhão que a substituiu nas comemorações durante a data do amor mútuo.

O parlamentar, provavelmente habituado a discursos fervorosos no Púlpito da Assembleia (ALE/RO), ou da Câmara Federal, tanto faz, além de argumentações consistentes em Projetos de Lei, tentou dissuadir sua mulher aplicando à base da retórica o que de melhor a conversa fiada tem a oferecer.

Não colou.

O caso quase chegou às raias da Polícia Civil (PC/RO), mas, o jovem que fora agredido fisicamente e obrigado a assistir à destruição parcial de seu carro foi freado pela possibilidade de aumentar exponencialmente o constrangimento voltado ao vexame marital.

Este jornal ouviu de uma testemunha ocular do fato os desdobramentos da situação, incluindo os nomes tanto do membro do Poder quanto de seu amásio juvenil.

A publicação se reserva, no entanto, a não veiculá-los, justamente por tratar-se de situações registradas no CPF de cada um deles: em suma, relacionadas exclusivamente à vida particular.

A parte pública do episódio é lamentar que haja um deputado homossexual escondido nos recôncavos do armário, com medo de expor sua verdadeira identidade e, com isso, deixando de defender as bandeiras relacionadas à luta LGBTI.

Em Porto Velho, por exemplo, houve agressão a um homossexual assumido dentro e fora de uma boate simplesmente pelo fato de ele usar uma pulseira com as cores do arco-íris.

Tirando a parte tragicômica do flagrante proporcionado pela esposa do deputado, há, além dessas questões verdadeiramente ideológicas e provavelmente sobrepostas por posicionamentos falsos, moralistas, pseudoconservadores e mascarados, a dor interna.

A dor interna de fingir ser aquilo que não é. De ter de mentir para si mesmo e para os outros. Dor esta que se estende a membros da família, incluindo, aí, a própria companheira, cuja mentira iludiu, massacrou e criou todo esse constrangimento.

A conta do veículo do rapaz é o de menos: a fatura pior vem no débito da enganação.

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