A Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), negociou a entrega de um adolescente de 14 anos que teve um surto psicótico na manhã desta terça-feira (14/9), em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Diferente do que foi publicado anteriormente, a mãe do garoto, que está grávida de seis meses, não foi feita de refém pelo adolescente. A polícia desmentiu essa informação.
O caso trouxe apreensão a moradores do bairro João Paulo II, visto que, de acordo com a PM, o menino ficou trancado, sozinho e armado dentro da própria casa localizada na Rua Augustinho Manika, por mais de seis horas.
A informação sobre a situação chegou à PM por volta das 9 horas da manhã. Imediatamente, uma equipe da área foi ao local para prestar o primeiro atendimento. Pouco tempo depois, equipes do BOPE chegaram à residência para iniciar as negociações de entrega com o adolescente.
“Viemos para cá e começaram as tratativas de convencimento, para mostrar as nossas intenções de preservar a vida dele”, iniciou o major Sérgio, da PM, à Banda B.
A reportagem foi ao local acompanhar o trabalho da polícia a tarde, e moradores afirmaram que ouviram tiros pela manhã. “Nós ouvimos dois tiros na parte de cima da casa da família. Aqui é um loteamento pequeno e todos se conhecem”, disse uma mulher à reportagem. A informação sobre os disparos foi confirmada pelo major.
“A informação que tivemos é que ele efetuou de dois a três disparos aqui no terreno. A arma está legalizada, registrada, mas estava dentro da residência”, destacou Sérgio.
Outro morador que não quis ser identificado, afirmou que torcia e pedia a Deus que tudo acabasse tranquilamente. “Faz pouco tempo que moro aqui, tem três meses, e eu nunca vi algo assim. A situação vai acabar bem para todos”.
Mãe
Enquanto as negociações ocorriam, e conforme passavam as horas na cidade da RMC, chegou a informação, através dos próprios vizinhos, que a mãe, grávida de seis meses, foi feita como refém pelo filho. Inicialmente, a reportagem da Banda B chegou a noticiar a situação, mas, após a entrega do adolescente, a PM não confirmou o caso.
No entanto, Sérgio ressaltou que a mulher esteve com o garoto na casa enquanto aconteciam as negociações.
“Não temos essa informação. A mãe estava presente e, em dado momento, acabou saindo dali porque foi de segurança, mesmo. Foi de importância essa atitude porque evitou um quadro mais complicado. Com a saída dela, facilitou um pouco essa negociação”, argumentou o major.
Questionado sobre o porquê do caso ter acontecido, Sérgio afirmou que uma briga de família pode ter motivado o surto do menino.
“Ele teve um surto que foi decorrente de um desentendimento tanto a nível familiar e escolar. Em dado momento, ele se viu compelido, talvez, e aproveitou de uma oportunidade para usar o armamento. Ele acabou o usando para fazer ameaças e efetuar disparos”, pontuou.
Dezenas de policiais foram até o local e uma ambulância do Siate ficou de prontidão próxima à casa do jovem caso algo grave acontecesse. Porém, com o término das negociações, o menino se entregou e ninguém ficou ferido. O adolescente ainda foi atendido pelos médicos devido ao surto que teve nesta terça.