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No Brasil, 1% da população ganha 32 vezes mais que a metade mais pobre

Apesar da redução da desigualdade de renda no Brasil em 2022, o país ainda tem de enfrentar um verdadeiro abismo social
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Apesar da redução da desigualdade de renda no Brasil em 2022, impulsionada pela recuperação do mercado de trabalho e por programas como o Auxílio Brasil, o país ainda tem de enfrentar um verdadeiro abismo social entre os mais ricos e os mais pobres.

De acordo com a pesquisa “Pnad Contínua: rendimento de todas as fontes 2022”, divulgada nesta quinta-feira (11/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio do 1% mais rico do país (R$ 17.447) era, em 2022, 32,5 vezes maior do que o rendimento médio da metade mais pobre (R$ 537). Em 2021, essa diferença era ainda maior, de 38,4 vezes.

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A diferença entre os mais ricos e os mais pobres da população brasileira, ainda abissal, é a menor já registrada em toda a série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2012.

“Chegamos a 2022 com a menor diferença entre a renda dos mais ricos e da metade mais pobre da população, mas ainda é um valor alto. Uma parcela de apenas 1% da população tem um rendimento mais de 30 vezes superior do que a metade mais pobre”, afirma Alessandra Brito, analista do IBGE responsável pela pesquisa.

No ano passado, de acordo com o IBGE, a renda média domiciliar per capita da metade mais pobre da população brasileira avançou 18% em relação a 2021, para R$ 537 mensais. Isso significa que cerca de 107 milhões de brasileiros sobreviviam com apenas R$ 17,90 por dia.

Levando em consideração os 5% mais pobres, eram 10,7 milhões de pessoas que sobreviviam com apenas R$ 2,90 por dia em 2022.

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