Franqueados da Bluefit nos estados do Acre e Rondônia entraram com pedido de medida cautelar após a rede de academias solicitar liminar contra eles. O pedido da Bluefit buscava a titularidade da locação dos espaços após o término do contrato de franquia. Os sócios locais, Samantha Bader e Alan Bader, agora alegam falsificação e omissão de documentos por parte da Bluefit no processo.
Na medida cautelar protocolada na última segunda-feira, 15, os advogados dos empresários acusam a Bluefit de falsificar documentos, inadimplemento e ocultação de informações durante o processo. De acordo com os franqueados, a Bluefit estaria omitindo documentos de forma dolosa ao afirmar que detém automaticamente o direito de continuar com a locação mesmo em caso de rescisão contratual. Os advogados argumentam que o suposto contrato em que a Bluefit figura como Interveniente Anuente foi perdido pela própria rede e que esta teria descumprido as contrapartidas do acordo.
Samantha e Alan apresentaram evidências, como prints de mensagens, comprovando que cumpriram sua parte no acordo, mas não obtiveram resposta da Bluefit. Após um ano e meio, ao anunciarem sua saída da rede, a empresa voltou a mencionar o acordo.
A defesa dos empresários afirma: “Após negociarem a rescisão contratual por inadimplemento da Bluefit em razão do não cumprimento de sua contrapartida, inacreditavelmente, a mesma ‘reaparece’ com Aditivos ao Contrato de Locação que dizia ter perdido e assina outros que estavam na sua posse há meses, em clara atitude contraditória e desleal. Pior, agora a Bluefit busca, por meio da presente medida, tomar posse dos valiosíssimos estabelecimentos comerciais das Franqueadas/Locatárias sem nada pagar por isso.”
Os advogados dos sócios acusam ainda a Bluefit de omitir que receberam uma notificação dos franqueados, questionando se havia interesse na compra das unidades franqueadas por R$ 14,5 milhões. Eles argumentam que a Bluefit escondeu essas notificações para não demonstrar o valor dos espaços locados. Além disso, alegam que foram investidos cerca de R$ 50 milhões nas unidades de Porto Velho e Rio Branco, sendo injusto que a rede de academias se beneficie desses investimentos após o término do contrato.
Por fim, os advogados solicitam que os autos do processo sejam enviados para a 1ª Vara de Conflitos Empresariais da comarca da cidade de São Paulo, o foro eleito em contrato.
*Com informações AC24HORAS