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Em Rondônia, ex-vereador acusado de matar colega a tiros dentro da Câmara vai a júri popular após 16 anos

Passados pouco mais de 16 anos do crime, o ex-vereador de São Francisco do Guaporé Nestor Valdir Saldanha, o Nestor da Máquina, acusado de assassinar o colega João Mello Zeferino com três tiros dentro da Câmara Municipal, vai a júri popular. Os dois perteciam inclusive ao mesmo partido, o PDT.

Os fatos apresentados pelo Ministério Público de Rondônia (MP/RO) ocorreram no dia 17 de dezembro de 2002.

A decisão é do juiz de Direito Artur Augusto Leite Júnior, da 1ª Vara Criminal da região, que pronunciou o réu na última quinta-feira (24).

Importante frisar que a sentença de pronúncia é uma decisão que não põe fim ao processo. Ela apenas decide que existem indícios de um crime doloso contra a vida e que o acusado pode ser o culpado. Portanto, por se tratar de um crime doloso contra a vida, o processo será julgado por um tribunal do júri, e não pelo magistrado singular.

De acordo com a versão da denúncia, Nestor Saldanha, o réu, e João Zeferino, a vítima, eram vereadores em São Francisco do Guaporé à ocasião.

Ambos haviam disputado a eleição para presidente da Casa de Leis.

Ainda segundo o MP/RO, Saldanha buscava a reeleição, mas João, o vereador assassinado, acabou vencendo o pleito, “o que originou desejo de vingança por parte daquele”.

No dia do homicídio, haveria a última sessão do ano de 2002, a última a ser presidida por Nestor.

“Este aguardou dentro do prédio da Câmara a chegada da vítima e, quando esta adentrou, efetuou três disparos de arma de fogo que ocasionaram as lesões descritas no laudo de exame de fl. 5, às quais foram a causa eficiente da morte”.

Na visão da Promotoria, o crime foi cometido por motivo fútil, já que tudo ocorreu porque a vítima ganhou a eleição para presidente da Câmara de São Francisco.

O magistrado, após análise detida de depoimentos acostados aos autos, incluindo as declarações do réu, entendeu que há indícios suficientes de autoria e, portanto, base mínima legal para ensejar um decreto de pronúncia.

Nestor Valdir Saldanha poderá recorrer em liberdade.

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